Em 21 municípios brasileiros, os prefeitos eleitos em outubro de 2024 não assumiram seus cargos em 1º de janeiro de 2025. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 19 desses casos envolvem candidaturas anuladas que aguardam julgamento definitivo (sub judice).
Confira as cidades onde os candidatos mais votados não puderam assumir devido a pendências judiciais:
- Bocaina (SP)
- Bonito de Minas (MG)
- Eldorado (SP)
- Goiana (PE)
- Guapé (MG)
- Guará (SP)
- Itaguaí (RJ)
- Mongaguá (SP)
- Natividade (RJ)
- Neves Paulista (SP)
- Panorama (SP)
- Presidente Kennedy (ES)
- Reginópolis (SP)
- Ruy Barbosa (BA)
- São José da Varginha (MG)
- São Tomé (PR)
- Três Rios (RJ)
- Tuiuti (SP)
Situação em Guapé (MG)
No município de Guapé, o prefeito eleito Thiago Câmara (PSDB) não assumiu devido ao indeferimento de sua candidatura, que ainda está em recurso. Enquanto a Justiça Eleitoral não decide o caso, o presidente da Câmara Municipal ocupa o cargo de prefeito interino. Se o indeferimento for mantido, novas eleições serão realizadas. Caso contrário, Thiago Câmara e sua vice, Áurea, poderão ser diplomados e empossados em outra data.
Denúncias de ligações com facções e compra de votos
Em duas cidades do Ceará, os prefeitos eleitos foram impedidos de tomar posse por suspeitas de ligação com organizações criminosas e compra de votos.
Santa Quitéria (CE)
José Braga Barrozo (PSB), conhecido como Braguinha, reeleito com 41,01% dos votos, foi preso pela Polícia Federal e pela Polícia Civil momentos antes de sua posse. Ele é acusado de envolvimento com o Comando Vermelho (CV), que teria intimidado eleitores e adversários durante a campanha. Investigações apontam que servidores da prefeitura teriam entregue um veículo de luxo a um líder da facção criminosa.
O vice-prefeito eleito, Gardel Padeiro (Progressistas), também está sob investigação e foi impedido de assumir o cargo. Com isso, Joel Barroso, filho de Braguinha e recém-eleito presidente da Câmara, assumiu a prefeitura interinamente.
Choró (CE)
Em Choró, Carlos Alberto Queiroz Pereira (PSB), o Bebeto Queiroz, foi impedido de assumir após ser alvo de duas operações que investigam fraudes em contratos públicos e compra de votos. Bebeto, eleito com 61,1% dos votos, está foragido.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a cassação dos mandatos e a inelegibilidade dos envolvidos nos dois municípios, além da realização de novas eleições caso as irregularidades sejam confirmadas.
Da Redação com O Tempo