BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu nesta terça-feira (14) a falsa informação de que o governo federal pretende taxar veículos com mais de 20 anos de fabricação. A suposta taxação ambiental foi veiculada em uma fake news que circula nas redes sociais como se fosse uma reportagem do portal de notícias G1.
Segundo Haddad, o site não publicou o texto e ele nunca anunciou tal medida. O ministro aproveitou para abordar o tema do combate à desinformação ao comentar a decisão recente da Meta – responsável pelo Facebook, WhatsApp e Instagram – de suspender seu serviço de checagem de informações nos Estados Unidos.
“Parece que, após esse alinhamento das big techs com a extrema direita, enfrentaremos dias difíceis. Isso consome energia do governo, do Estado e de funcionários públicos para combater barbaridades que, com esse alinhamento ao fascismo, tendem a aumentar”, afirmou.
Fernando Haddad destacou o impacto da difusão de informações falsas por meio do que chamou de “tio do zap”, em que muitas pessoas confiam mais em links enviados por mensagens do que em portais de notícias, jornais e outros canais oficiais de comunicação.
“Algumas pessoas não estão percebendo o que isso pode significar para a democracia, ao atribuir a alguém uma frase que ela nunca disse, utilizando tecnologia que leva muitos a acreditarem nisso”, reforçou.
Os Perigos da Desinformação e Fake News
Fake news representam uma ameaça global, afetando a democracia, saúde pública, segurança e economia. Elas manipulam opiniões, distorcem debates, comprometem eleições e minam a confiança nas instituições. Durante a pandemia de COVID-19, desinformações sobre vacinas agravaram a crise de saúde. Além disso, a polarização social e as perdas econômicas são amplificadas por notícias falsas.
Para combater esse problema, é essencial investir em educação midiática, regulamentação, tecnologias de verificação, jornalismo de qualidade e conscientização pública. A responsabilidade é coletiva: governos, empresas e cidadãos precisam adotar uma postura crítica e agir contra a desinformação.
Da Redação com O Tempo