Dois dias após participarem da reunião que poderia ter mudado o rumo da política no legislativo da cidade, os vereadores favoráveis ao voto aberto na Câmara protestam nas redes sociais a desaprovação da matéria que garantiria o voto aberto em todas as sessões parlamentares, AQUI. Pelo menos três dos nove vereadores que votaram a favor da mudança publicaram posicionamentos em suas páginas no Facebook. O SeteLagoas.com.br colocou no ar uma enquete para saber a opinião dos leitores sobre o voto secreto, vote AQUI.
O mais duro nas críticas foi Marcelo Cooperseltta, PMN, que publicou várias ilustrações com os dizeres: “Política não se faz no escuro, quem não deve não teme”. “Chega de máscaras, coloca a Cara para Bater. Quem não deve não teme”, foi a legenda de outra postagem.
Garantindo que a derrota foi a maior frustração de sua carreira política até o momento, Douglas Melo, PSC, publicou o que achou de “desabafo”. No artigo, o deputado estadual eleito afirmou que o projeto “mudaria a história da política da nossa cidade para melhor como já acontece na Assembleia Legislativa de Minas e em outras”. Para o vereador, “a votação foi uma grande derrota para o povo que pede mais transparência e para os políticos que lutam para recuperar a esperança do eleitor”.
Quem também se manifestou na internet foi Milton Martins, PSC, que, mais uma vez, se disse “envergonhado” com o resultado da votação. “Era pra ser uma terça feira de vitória democrática na Câmara Municipal de Sete Lagoas, mas de fato isso não ocorreu, pois alguns dos nobres colegas vereadores votaram contra o voto aberto”, disse o vereador que, após a votação, deixou o plenário em forma de protesto.
Os vereadores que se posicionaram a favor do voto aberto na Câmara foram: Douglas Melo, Milton Martins, Marcelo Cooperselta, Marli de Luquinha e Pastor Fabrício do PMN, Dalton Andrade e Caramelo, PT, Gonzaga, PSL e Padre Décio, PP. O grupo dos nove não foi suficiente para derrotar Ismael Soares, PSOL, Pastor Alcides, PMDB, João Evangelista, PSDB, Gilberto Doceiro, PMDB, e Dr. Euro e Milton Saraiva, PP. A matéria precisava de 12 votos favoráveis para ser aprovada.
Por Marcelo Paiva