O jornal Hoje em Dia, em matéria recente, fez um levantamento de salários pagos nas maiores cidades de Minas Gerais, e o resultado do referido levantamento revela a farra que se tem praticado nas câmaras municipais do Estado. O estudo foi realizado em dez cidades polos do estado, que identificou às câmaras mais caras para os contribuintes. Em média é gasto, R$43,4 mil por mês para custear cada vereador. Em Sete Lagoas, segundo o levantamento, o gasto médio é de R$36 mil/mês. O sétimo maior entre as cidades pesquisadas.
Das dez câmaras pesquisadas, só quatro não pagam verba indenizatória, geralmente destinada para compra de material de escritório e até aluguel de veículos. Sete Lagoas paga cerca de R$8,5mil pelo benefício indicado.
Em primeiro lugar está a Câmara de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde cada político pode gastar até R$ 78 mil por mês, valor próximo ao vereador da capital, cujo valor é de R$ 83 mil mensais para cada um dos 41 parlamentares. Eles possuem contracheque de R$ 13 mil, verba indenizatória de R$ 15 mil e até R$ 55 mil para contratar o limite de 15 assessores.
Os 17 vereadores da Câmara de Sete Lagoas não custam apenas o salário que recebem no fim de cada mês que é de R$10,5 mil. O pacote de benefício engloba, além do vencimento salarial, recurso para o mandato que e verba indenizatória no valor de R$8,5 mil e a verba de gabinete para pagar os vencimentos dos assessores, que chega a R$17,2 mil, conforme explica a Assessoria de Comunicação da Câmara de Sete Lagoas.
Da sexta à décima estão respectivamente Ipatinga (R$33 mil), Sete Lagoas (R$36 mil), Montes Claros (R$26 mil), Governador Valadares (R$22 mil) e Ribeirão das Neves (R$20 mil). Das dez maiores casas legislativas de Minas, seis pagam a verba indenizatória e não pretendem mudar o sistema de prestação de contas para seguir o modelo da capital, que teve tal verba extinta. São elas: Juiz de Fora, Contagem, Sete Lagoas, Betim, Uberlândia e Governador Valadares. Nos municípios de Ribeirão das Neves, Uberaba, Ipatinga e Montes Claros, o recurso não é pago aos vereadores.
Em nota a Câmara Municipal através de sua assessoria de comunicação esclarece que “tem a intenção de alterar o sistema atual de como é paga a verba indenizatória e o presidente Pr. Fabrício Nascimento, inclusive, já esteve no legislativo de Belo Horizonte para conhecer o sistema adotado pela Casa da capital para estudar um modelo parecido, mas adaptado a realidade da cidade.” diz a nota.
Os legisladores não contam com carros exclusivos cedido pela casa. Os veículos que servem o Poder Legislativo local são de uso comum, em trânsito fundamentalmente nas atividades externas. Os gabinetes estão localizados em imóvel alugado na Av. Getúlio Vargas, no prédio do Bela Vista Clube.
Da redação com Hoje em Dia
