A Audiência Pública sobre o Parque da Cascata realizada na última quarta feira (29), na Câmara Municipal, por intermédio do vereador Dalton Andrade (PT), reuniu mais de 100 pessoas de diversos segmentos. A Câmara, Prefeitura de Sete Lagoas e representantes da sociedade civil organizada, vão começar a trabalhar para apontar as principais soluções para que o parque seja devolvido à população.
O parque está fechado há um ano e meio, o presidente da Câmara Pr. Fabrício Nascimento fez a abertura da audiência. “É importante essa discussão sobre a reabertura do Parque da Cascata, DNA importante e delicado de Sete Lagoas, uma cidade que se torna cada vez mais industrial”, afirma o vereador.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Luiz Adolpho Vidigal Borlido, recorda o acordo firmado com a Iveco e a prefeitura sob a forma de compensação ambiental pela supressão, por parte da empresa, de espécies de mata nativa. Foi firmado um Termo de Compensação Ambiental cujo valor é de R$ 760 mil, informa o secretário, mas, para sua surpresa, o instrumento está sendo objeto de representação do Ministério Público de Minas Gerais na Justiça. “O que podemos fazer? Estamos tentando recuperar os recursos da Iveco, mas a empresa tem receio de pagar duas vezes”, revela.
Para o ambientalista e diretor da empresa Esportes Livres, Max Tadeu Gonçalves não há necessidade de haver recursos tão expressivos como os R$ 760 mil para a reabertura e recuperação do Parque da Cascata. “O Parque oferece mais lucro com a estrutura natural que tem, pois as ações (de esporte, lazer, educação e cultura) são sustentáveis”, avalia. “Quero falar como cidadão. Estou aqui por esse cidadãozinho, de 5 anos de idade, meu filho”, diz, emocionado. “Quero que ele e as outras gerações tenham o Parque de volta”, afirma.
O secretário Des. Econômico e Turismo, Saulo Queiroz, disse que a busca de parcerias é fundamental para a existência sustentável do Parque da Cascata. O pesquisador e membro fundador do IMMAC (Instituto de Meio Ambiente de Sete Lagoas), Thomaz Corrêa e Castro da Costa, relata que medidas precisam ser tomadas “Precisamos mudar de postura, senão perderemos um atrativo natural que tem viés turístico”, ele ainda afirma que o parque tem grandes áreas com características de mata atlântica.
Para o pesquisador Walter Matrangolo a Educação Ambiental é a saída. “O prefeito, o gari, o advogado, todos nós, temos que saber as leis da natureza”, enfatiza. E desabafa: “quanto mais conhecimento adquirimos, mais a gente fica exasperado. A ignorância é uma benção”, ironiza.
Com ascom vereador Dalton Andrade