“A partir de agora a ordem é sentar o dedo e depois a gente vê como é que fica”. De acordo com testemunhos não revelados, essa ameaça teria saído de dentro da Prefeitura de Sete Lagoas para o vereador Milton Martins (PSC) vice-presidente da Câmara Municipal. O vereador ainda afirmou na reunião plenária da última semana (13), que vem sofrendo outras ameaças de morte.
Martins afirmou que esta não foi a primeira vez que sofreu ameaças, e que elas colocaram insegurança dentro de sua família, e que mesmo assim não vai deixar de exercer a função de fiscalizar. Martins disse que já tomou todas as providências legais indo até a Delegacia de Polícia com testemunhas, onde lavrou um Boletim de Ocorrência, e deu entrada em um processo judicial e criminal sobre as ameaças que vem sofrendo.
“É muito triste viver em uma cidade como Sete Lagoas, onde ainda prevalece o coronelismo por parte de alguns políticos que se acham com poderes supremos, que nada os atingirá, que são superiores às leis. Nós vereadores desta Casa, não podemos nos calar diante de ameaças, pois fomos eleitos para legislar e fiscalizar”. E completou, “ganho R$ 9.500 para defender o povo e jamais me calarei diante de tais ameaças”.
O vereador lembrou ainda que “quando eleito, não tinha desavenças e rivalidade com ninguém” e deixou avisado a todos no plenário da Câmara que: “qualquer coisa que aconteça com a minha vida a partir de hoje (13) é de responsabilidade total da Prefeitura, pois a ameaça saiu lá de dentro, uma vez que eu não tenho inimizade com ninguém, não tenho processos e não tenho problemas na minha vida pessoal”, finalizou.
De acordo com sua assessoria, ele estará dando entrada nesta próxima semana com processo na Polícia Federal, devido a uma das investigações da CPI que podem sim, se constituir em crime federal e, o mesmo, irá buscar junto à Justiça estadual e federal a garantia de sua integridade física e com possível pedido de medidas protetivas para ele e sua família.
Procurada pela redação, a prefeitura preferiu não se manifestar sobre o assunto.
Cristiane Cândido com Ascom vereador