Representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Industrial (ACI) e Sindcomércio de Sete Lagoas realizaram uma reunião, nessa terça-feira (20) com o deputado estadual Douglas Melo para discutir o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
No final do mês passado eles participaram de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais lutando contra o aumento do ICMS. O governo defende a medida no intuito de conseguir recursos para suprir o déficit financeiro do estado. No dia da votação, 35 parlamentares votaram a favor do aumento e 28 contra.
O Presidente da CDL Sete Lagoas, Hudson Viana, argumentou que se realmente aprovado não só os comerciantes serão afetados como também toda a população. “Aumentar o imposto é matar o povo, a luta é contra o aumento que não vai beneficiar ninguém”, argumentou.
Hudson pontuou que nem todos os empresários vão conseguir arcar com o imposto o que deve ocasionar no fechamento de diversos comércios. “O reflexo vai ser altas taxas de desemprego. Nós já não aguentamos mais pagar impostos”, desabafou.
Melo explicou por ter sido um dos deputados que se absteve de votar no aumento do imposto. Douglas afirmou que seu voto não faria diferença alguma, pois a votação ficou de 35 a 28. “Meu voto não derrubaria o projeto, antes da votação os blocos já sabiam de quanto iria ficar a votação. Para mim seria ótimo ter votado contra e depois espalhar outdoor pela cidade dizendo que decidi a votação, mas isso não seria possível. Quando nosso voto é só mais um é melhor pensar nas conseqüências.”
De acordo com o deputado não seria bom para Sete Lagoas caso decidisse votar contra, e como seu voto seria apenas mais um o melhor foi não ariscar. Afirmou ser o deputado que mais conseguiu recursos para Sete Lagoas e mesmo assim muitas pessoas só enxergam o lado ruim.
“Seria muito melhor ser independente, mas precisamos do estado e temos conseguido muita coisa. A minha maior dificuldade aqui (Sete Lagoas) é o monte de gente que me puxa para trás, pouca gente vê o que de bom está sendo feito. Eu negociei para a cidade e não para mim”, desabafou o deputado.
Por Cristiane Cândido