
De acordo com Maroca, o reajuste foi possível graças à contenção de despesas empregada na Prefeitura Municipal. O prefeito conta que a economia no consumo de gasolina, telefonia e energia elétrica em todas as secretarias e departamentos da prefeitura viabilizou a melhoria salarial. “Foi o máximo que conseguimos aumentar para não ferirmos a Lei de Responsabilidade Fiscal. Com o reajuste, 50,9% do orçamento mensal fica comprometido com a folha. Serão beneficiados mais de 6 mil servidores”, explica Maroca. O limite prudencial, de comprometimento da folha de pagamento, é de 51,30%.
Maroca disse ainda que o reajuste não é extensivo ao chefe do Executivo, ao vice-prefeito e secretários municipais. Apesar do aumento, ele considera que o salário do funcionalismo ainda está baixo. “A economia, a contenção de despesas continua. O corte de gastos e melhor gestão do dinheiro público é que vai subsidiar aumentos futuros”, considera. O prefeito lembrou que o índice estipulado foi acima da inflamação medida do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou em 5,5% no mês de abril.
Para Rosimar Aparecida Gomes, presidente da União dos Servidores Públicos (UNSP) em Sete Lagoas, o aumento desejado era de pelo menos 10%, mas a proposta ficou de bom tamanho. “Se comparado com o reajuste praticado nos municípios da região, o servidor de Sete Lagoas teve um ganho, visto que o índice foi acima do IPCA. É preciso levar em conta a crise mundial, que afetou a arrecadação local. De toda forma, avalio que o prefeito está mesmo empenhado em valorizar o funcionalismo”, considera.
Já Maria do Carmo Cristeli, presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sind-UTE) no município, acredita que a proposta não será bem recebida pela categoria. “Entendemos o mau momento vivido por Sete Lagoas, mas esperávamos mais. Reivindicamos para profissionais que tem formação no ensino médio o piso de R$ 1.132,00 e, pela proposta, será fixado em R$ 500,00. É muito aquém do esperado”, afirma. O projeto será votado na próxima reunião da Câmara Municipal, terça-feira, 2.
Celso Martinelli