Zema vira surpresa na reta final e tecnicamente empata com Pimentel

Às vésperas do primeiro turno das eleições, o crescimento do candidato Romeu Zema, do Novo, tornou ainda mais incerto o resultado da disputa ao Palácio da Liberdade.

A última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na noite da última quinta-feira, mostrou o candidato do PSDB, Antonio Anastasia, estável na primeira posição, com 32% das intenções de voto.

O segundo lugar passou a ser disputado pelo governador Fernando Pimentel (PT), que caiu de 24% para 21%, e por Romeu Zema (Novo), que foi de 9% para 15%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para baixo ou para cima, Zema está tecnicamente empatado com Pimentel.

Pesquisa CNT/MDA, divulgada ontem, também mostrou a ascensão do empresário. Segundo o levantamento, Anastasia tem 31,5% dos votos, seguido por Pimentel, com 19,3%. Já Romeu Zema aparece com 14,2%.

Surpresa

A subida de Zema na última semana pegou de surpresa as campanhas petista e tucana, que fecham esse primeiro ciclo tendo trocado, por dias, ataques mútuos, a maior parte envolvendo a crise fiscal por que passa Minas.

A expectativa de vencer em primeiro turno, que dominou a campanha do senador Antonio Anastasia nas últimas duas semanas, ficou mais distante com o novo cenário. Mesmo assim, o candidato do PSDB garantiu estar preparado para uma segunda disputa, seja contra o atual governador Fernando Pimentel (PT), ou contra Romeu Zema (Novo).

“Se houver um turno só, melhor, mas nós preparamos a campanha para dois turnos. Se for contra o candidato A ou B, nós estaremos preparados da mesma forma. Não muda nada na estratégia”, garantiu.

O governador Fernando Pimentel, que tenta a reeleição, também afirmou que não teme o expressivo crescimento de Romeu Zema. “Isso não nos preocupa. Nós vamos para o segundo turno e vamos vencer”, disse. Pimentel terminou a sexta-feira ao lado de Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência da República.

A regionalização da campanha nacional foi o principal mote de Pimentel na caminhada eleitoral. Nas peças publicitárias, nos debates e entrevistas, o governador sempre lembrava que estava com Haddad e Lula.

Pivô da reviravolta eleitoral, Romeu Zema comemorou o crescimento apontado pela última pesquisa e afirmou que a polarização na disputa entre PT e PSDB no Estado pode estar chegando ao fim.

“Os mineiros estão entendendo que sou a única via para um governo novo, ético e eficiente, capaz de promover a geração de emprego e renda em nosso Estado. Tenho 30 anos de experiência em gestão, sei e vou fazer muito mais do que esses mesmos políticos de sempre que há anos se revezam no poder”, afirmou Romeu Zema.

A disputa de primeiro turno em Minas teve como principal tema a crise fiscal por que passa Minas Gerais. Conforme mostrou o Hoje em Dia, o orçamento do próximo ano é deficitário em R$ 5,6 bilhões e a Previdência fechou o ano de 2017 com um rombo de R$ 16 bilhões. O desafio deve mover os dois candidatos que passarem a um segundo turno, se o eleitor decidir levar o pleito a uma nova rodada.

Conheça o currículo dos candidatos ao Governo de Minas:

Com Hoje Em Dia