Com atuação destacada em benefício dos menos favorecidos em troca apenas do bem-estar do próximo, a Família Madre Paulina (Famapa) foi homenageada na Câmara, durante Reunião Especial, nessa quinta-feira (25). A Moção foi proposta e entregue pelo vereador Milton Martins (PSC) que vestia uma camisa da Famapa.
Depois de receber a honraria, Felipe Augusto da Cunha ocupou a tribuna para agradecer ao Legislativo o que chamou de “momento ímpar e único”. O trabalho do grupo prioriza crianças e pessoas com câncer em suas atividades. “Agradecemos a todos que renunciam a própria vontade para caminhar na direção daqueles com maior fragilidade”, continuou Felipe.
Diante da importância do trabalho realizado pelo grupo, o Bispo Diocesano Dom Aloísio Vitral esteve na Câmara para se tornar uma “testemunha ocular” do momento, como disse depois de convidado a se pronunciar pelo presidente da sessão, vereador Pr. Alcides (PP). “Não resisti a tentação de estar aqui. Me sinto satisfeito de estar com vocês nesse momento tão importante”, disse. O Bispo enalteceu o trabalho ao falar da “entrega dos irmãos no serviço”.
Na sequência foi a vez da assessora técnica do Centro de Referência Especializado para a população de rua, Márcia Lima Moreira, esclarecer ações do órgão para atender a requerimento de Pr. Alcides. A técnica detalhou o trabalho do Centro Pop que está preparado para acolher as 220 pessoas, aproximadamente, que vivem em situação de rua em Sete Lagoas, de acordo com dados da secretaria municipal de Assistência Social.
Márcia disse que até julho deste ano cerca de duas mil pessoas já tinham sido atendidas pelo Centro Pop. “Esse número a gente atendeu durante todo o ano de 2017. Ou seja, a população de rua está crescendo”, contabiliza. Os trabalhos essenciais são a acolhida, atendimentos com psicólogos e assistentes sociais, além da possibilidade de as pessoas tomarem banho, trocarem roupas e se alimentarem no espaço.
Perguntado pelo vereador João Evangelista (PSDB), o secretário da pasta, Paulo França, disse que “70% da população de rua é de Sete Lagoas”. O restante vem de outras cidades e até estados. Milton Martins (PSC) parabenizou e reconheceu o trabalho. “Hoje vocês não merecem críticas, e sim apoio”.
Apesar de serem generalizados e tratados como drogados, a vereadora Gislene (PSD) destacou que nem todo morador de rua faz uso de droga e defendeu união de órgãos para o tratamento. “Temos que nos unir para melhorar porque o Centro Pop não dá conta. Cada um trabalha a dependência química, mas de forma isolada. Temos que nos unir. Fazer um trabalho de humanização”, direcionou.
Rodrigo Braga (PV) reforçou a necessidade de um trabalho mais efetivo de prevenção e tratamento. “O caminho a percorrer é nosso. Tem pessoas que não tem convicção e nem força de vontade e vão se tratar a vida inteira e não podemos parar”.
Autor do requerimento para as explanações, Pr. Alcides ouviu atentamente tudo o que foi colocado antes de se pronunciar no final dos trabalhos. “Estou plenamente satisfeito com o que foi passado pelos gestores”. Ele ainda parabenizou pelo que foi apresentado, antes de encerrar a reunião.
Com AsCom CMSL