O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta terça-feira (30) que vai doar as sobras de campanha de sua eleição para a Santa Casa de Misericórrida de Juiz de Fora (MG), onde foi atendido após ser esfaqueado em 6 de setembro.
Na postagem, Bolsonaro afirmou que sua campanha custou cerca de R$ 1,5 milhão. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entretanto, ele declarou ter gasto R$ 2,5 milhões, segundo informava o site da Corte às 13h desta terça-feira (veja na imagem abaixo).
A arrecadação com doações de pessoas físicas, por sua vez, chegou a R$ 4 milhões – somadas as doações via financiamento coletivo (vaquinhas) e outras, feitas diretamente à campanha ou pelo PSL.
Os valores declarados ao TSE, entretanto, podem mudar, pois os candidatos disputaram o 2º turno podem fazer a prestação de contas até o dia 17 de novembro.
Segundo a legislação eleitoral, as sobras de campanha das candidaturas à Presidência da República devem ser transferidas para a direção nacional do partido – no caso, o PSL – que será o responsável pela identificação, utilização, contabilização e prestação de contas ao TSE.
O G1 procurou a assessoria de Bolsonaro e o filho dele, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para perguntar como seria feita a doação e o motivo da divergência nos valores de despesas de campanha, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Até a manhã desta terça, a Santa Casa disse que não havia sido comunicada oficialmente da intenção do presidente eleito.
Atentado a Bolsonaro
Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora no dia 6 de setembro, e socorrido para a Santa Casa de Misericórrida, onde foi operado pela primeira vez.
No dia seguinte, o então candidato do PSL foi transferido para o Hospital Albert Einstein, onde passou por nova cirurgia e ficou internado por 22 dias, até a alta, em 29 de setembro.
O autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso e, segundo a polícia, agiu sozinho.
Com G1