O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a reativação gradual da atividade econômica no território mineiro. “Não sou favorável a dar o mesmo remédio na mesma dose para pacientes diferentes. A região metropolitana é a mais afetada pelo coronavírus, mas Minas não é Belo Horizonte”, afirmou o governador, referindo-se ao estado de calamidade pública decretado pelo prefeito da capital, Alexandre Kalil. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil.
O governo estadual deve apresentar hoje seu plano de flexibilização do isolamento social nos municípios mineiros. Na entrevista, Zema ressaltou que o programa de reabertura não consiste em uma liberação total.
“O que estou fazendo é um protocolo que vai orientar alguns prefeitos a fazer alguma flexibilização, priorizando regiões em que não há falta de leitos de UTI, informando qual a curva de novos casos em sua cidade. Dessa forma estaremos atingindo uma volta gradual e segura das atividades”, disse.
Para justificar sua defesa da flexibilização, o chefe do Executivo garantiu que Minas tem leitos suficientes para suportar 17 vezes mais casos de Covid-19 que os atuais e que a curva de infecção no Estado está “crescendo menos”.
Romeu Zema citou as regiões Norte e Noroeste de Minas como exemplo de áreas que teriam baixo nível de contágio pelo coronavírus no Estado e que poderiam seguir regras mais brandas no combate à doença. O governador ressaltou que a decisão depende de cada prefeito e que “cada caso é um caso”.
Presidência
Os atritos entre o Congresso Nacional e o presidente Jair Bolsonaro foram comparados por Zema a uma confusão doméstica. “Se chegar mais um ali, é igual briga de casal, não vai ser um terceiro que vai resolver”, declarou, quando questionado sobre o porquê de ele não ter assinado a carta contra Bolsonaro e em defesa do Congresso feita por governadores.
Sobre os atos pela volta do regime militar, no último domingo, Romeu Zema afirmou que esse tipo de manifestação está protegido pela liberdade de expressão. “Uma das grandes virtudes da democracia é dar liberdade à opinião, mas sou muito contrário a qualquer ditadura”, explicou.
Com O Tempo