“Estamos dando seqüência a outros encontros que já tivemos e, em especial, para fazer uma análise um pouco mais aprofundada da crise e dos efeitos da crise no Brasil e em nossos estados. Há um esforço e um consenso entre nós para mantermos os níveis de investimentos previstos nas nossas propostas orçamentárias. Fizemos também uma análise de medidas que estão em tramitação no Congresso Nacional e em especial aquelas que podem ter conseqüências no aumento de despesas dos estados. Manteremos um contato mais estreito com as lideranças e com os dirigentes das duas casas no Congresso Nacional, pedindo, sobretudo neste momento, uma cautela muito grande na aprovação de matérias que tragam novas despesas”, declarou Aécio Neves, em entrevista após o encontro.
Esta foi a terceira reunião feita pelos governadores do Sudeste, para discutir uma ação articulada em torno dos interesses da região. As duas primeiras aconteceram no Rio de Janeiro e em São Paulo. O próximo encontro, que ainda não tem a data definida, acontecerá no Espírito Santo.
Crise internacional – No entendimento dos quatro governadores, todos os projetos que tenham implicação ou signifiquem despesas novas não previstas no orçamento devem ser vistos com cautela pelo Congresso. O governador de São Paulo, José Serra, explicou que os secretários da Fazenda de cada estado farão uma análise minuciosa do projeto da reforma tributária, levando em consideração o novo cenário internacional.
O governador Aécio Neves informou que o Governo de Minas não irá reduzir os investimentos previstos para 2009, da ordem de R$ 11 bilhões – 20% a mais do que o executado em 2008, que está sendo de R$ 9 bilhões.
“Estamos projetando uma inflação em torno de 4,5% para o ano que vem, um crescimento em torno de 3% e 3,5%. Se não houver nada muito diferente disso, estamos confiantes de que vamos manter o nosso projeto de investimento sem alteração. Obviamente, vamos pilotar esse avião no ar. Não se sabe realmente o que vem por aí. Mas a minha confiança é a de que manteremos integralmente os investimentos do próximo ano. Mas nem por isso, vamos deixar de, enfim, de clarear, de deixar muito claro quais são as nossas prioridades, principalmente as que demandam articulação com outros níveis de governo e com o setor privado. Porque essas são mais complexas na sua elaboração”, disse o governador de Minas.