O candidato a reeleição da prefeitura de Sete Lagoas, Duílio de Castro, veio a público desmentir sobre uma denúncia de irregularidades em sua gestão no atual governo de Sete Lagoas. Segundo um documento divulgado, verbas para o combate a Covid-19 foram aplicadas de forma indevida e de modo fraudulento.

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Entretanto, em averiguação do fato, foi constatado que o CPF utilizado para realização da denúncia é falso, resultando em falsidade ideológica feita pelo denunciante. Como foi visto nas redes, a matéria publicada pelo desconhecido site "Bem Minas", republicada por um site da cidade, afirmava que um cidadão de nome José Antônio Aguiar Moreira, CPF 083.216.126/87, teria denunciado o Município junto ao Tribunal de Contas de Minas Gerais por supostas irregularidades em três contratos da Secretaria Municipal de Saúde no combate à pandemia do novo coronavírus.

Distorcendo a informação, o conteúdo da matéria publicada pelo referido site foi ainda mais além, e afirmou, no título da matéria falsa, haver "empresas fantasmas e superfaturamento", enquanto tratou apenas o desvio de recursos como "suspeita". O principal problema, no entanto, é o suposto denunciante. Em consulta pelo CPF 083.216.126/87 junto ao site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o mesmo pertence a outra pessoa, o advogado José Antônio Ribeiro de Toledo, com endereço de Belo Horizonte, e não a José Antônio Aguiar Moreira, o suposto residente em Sete Lagoas.

Busca no Google prova divulgação de CPF falso em suposta denúncia. Foto: Reprodução

Não é a primeira vez que páginas contra o candidato Duílio e favorável a outro candidato cometem tal crime. Há cerca de três meses um site chamado "7lacontece" foi retirado do ar por decisão judicial após ficar constatado que seu registro havia sido feito por meio de um CPF de uma pessoa com nome de outra. O site publicava matérias e fake news contra a gestão de Duílio de Castro.

Muito dinheiro

No caso do site que publicou a matéria, seu envolvimento com o deputado é financeiro e não vem de hoje. Somente em 2019 foram 11 parcelas da verba parlamentar (dinheiro público) a que o deputado tem direito, no valor de R$ 1.640,00 e em 2020, até julho, mais sete parcelas com o mesmo valor. A prestação de contas de setembro ainda não foi apresentada pelo deputado, mas se considerar o pagamento religioso a página virtual, o valor total, desde janeiro de 2019, pode superar os R$ R$ 30 mil. É como se o parlamentar utilizasse de recurso público para divulgar matérias benéficas a si e contrárias (no caso, fake news) a seu maior adversário nessas eleições: o prefeito Duílio de Castro. Isso, claro, à margem da prestação de contas da campanha eleitoral.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Dr. Flávio Pimenta, trata-se de um processo fiscalizatório normal, realizado rotineiramente pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas. "Todos os processos de compra são enviados aos órgãos fiscalizadores e, até o momento, não houve nenhum apontamento de irregularidade. Nenhuma das empresas listadas na matéria têm qualquer impedimento licitatório, estando todas devidamente regularizadas, segundo a Lei de Licitações 8.666", afirmou o secretário.

Em sua rede social, o prefeito Duílio de Castro também se pronunciou. "Quanto mais próximo das eleições, mais fake news a oposição solta. Temos três órgãos de controle na Prefeitura: o compliance exatamente para fazer uma boa governança. Temos ainda a Controladoria, para não deixar cometer erros nas compras. E ainda montamos uma comissão especial para apurar e fazer auditoria em todas as compras do Município", justificou o prefeito. Após a descoberta do esquema de uso de CPF fantasma, as matérias fake foram editadas pelos sites, porém, o cache da busca do Google mantém a informação falsa, conforme o link.

Em sua conta no Instagram, Duílio publicou: "Mais uma vez criaram uma fake news acerca do nosso governo. Porém, a nossa gestão é pautada no respeito e no trabalho. Conto com seu voto e confiança para Sete Lagoas continuar avançando! Vote 51."

Da Redação