A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL) será escoltada, a partir desta terça-feira (9), pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE). A solicitação veio do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus, após a parlamentar sofrer ameaças de morte.
Andréia de Jesus, que preside a Comissão de Direitos Humanos da ALMG, contou que recebeu ameaças de bolsonaristas após apresentar pedido de investigação da ação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que resultou na morte de 26 suspeitos de uma quadrilha em Varginha, no Sul de Minas, no dia 31 de outubro.
À época, Andréia recebeu mensagens nas quais indicavam que ela teria o mesmo destino da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros em 2018 no Rio de Janeiro. “Seu fim vai ser igual ao da Mariele (sic)/ Pra tu ficar de exemplo”, diz as publicações, seguidas por xingamentos.
De acordo com o tenente-coronel Flávio Santiago, a PM atendeu ao pedido de Patrus. “Foi solicitado pelo presidente da Casa Legislativa, e a Polícia Militar está sempre solícita a atuar e defender todo e qualquer cidadão, independentemente da situação que esteja. E evidentemente que algumas autoridades em face das situações em que se apresentam e pelas solicitações dos órgãos, nós ofertamos a escolta”, informou.
Segundo o policial, a escolta será realizada até o risco de ameaça ser eliminado. “A escolta envolve varreduras e um processo aproximado”, disse.
Da redação com O Tempo