Foi bastante movimentada a Reunião Ordinária desta terça-feira (30), na Câmara Municipal. Diante das inscrições de oradores os parlamentares inverteram a pauta para a manifestação popular. A empresa Cedro e Cachoeira foi homenageada pelo recente aniversário de 150 anos de fundação, 72 deles com uma unidade em Sete Lagoas. Na pauta todos os textos foram aprovados.
A Moção de Congratulação foi proposta e entregue pela vereadora Heloísa Frois (Cidadania). “É um momento de muita alegria para todos nós, setelagoanos, por reverenciarmos a história de uma empresa que trabalha há 150 anos no estado e a 72 em Sete Lagoas gerando emprego e renda”, disse a proponente da homenagem.
Atendendo o Regimento que prevê a participação popular na última sessão de cada mês, Cássio Murilo fez valer o direito para externar sua indignação por conta da saúde municipal. “Adquiri uma diabetes e tenho um desgaste no osso da bacia. Várias vezes fui ao hospital e não resolveu. Se a pessoa não tem condição de controlar o diabetes fica à mercê da situação”? Questionou o autônomo que aguarda a anos por um procedimento cirúrgico.
A manifestação provocou reação imediata dos vereadores. O presidente da Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social, Gilson Liboreiro (SD), informou que vai requerer todas as informações em até 24h. “O secretário municipal de Saúde será oficiado e terá que assumir a responsabilidade”. Membro da Comissão, Janderson Avelar (MDB) pediu a efetivação do prontuário eletrônico.
O vereador Eraldo da Saúde (Patri) já conhece o caso e disse que é uma situação de tratamento de alta complexidade que não é feita na cidade, só em Belo Horizonte. “Se você estiver com todos os protocolos os vereadores vão ajudar”, argumentou. E Ismael Soares (PSD) aventou a possibilidade de o morador “entrar com pedido judicial” para acelerar o processo.
Na busca de resolver outros problemas da saúde, Heloísa Frois (Cidadania) disse que a secretaria precisa avançar na informatização. “O serviço informatizado não está a contento na saúde. Scanners devem ser utilizados, a secretaria de saúde investe em sistema, mas não utiliza em sua plenitude”.
Uma atualização no sistema também foi pedida por João Evangelista (PSDB). “O momento é de digitalizar o sistema, tem fila no estado inteiro, não só na cidade. Marli de Luquinha (MDB) lembrou de um Anteprojeto de sua autoria que pede a divulgação de listagem de pacientes que aguardam por consultas e exames na rede municipal. “Esse APL não foi para frente por falta de sensibilidade de gestões passadas”.
Maria Terezinha Barbosa foi outra que usou a tribuna para abordar vários assuntos, entre eles educação e arte. “O artesanato ajuda muitos os idosos, artesanato significa nascido para fazer arte. O artesão é tratado em segundo plano”. Maria Terezinha disse que faz trabalho solidário com barro e pediu mais ação e estímulo ao trabalho voluntário. Os parlamentares se dispuseram a contribuir com as demandas.
Com Câmara Municipal de Sete Lagoas