Por meio de Audiência Pública, a Câmara Municipal colocou para um debate representantes de várias organizações que buscam resolver o problema de acesso para as comunidades da Lontra e Lontrinha. O atual retorno usado na BR 040 foi fechado pela concessionária que gere a rodovia por questões de segurança. Para avançar nas tratativas o objetivo é marcar, para o próximo mês, com DNIT, novo encontro com as partes.
Atualmente para chegar nas comunidades os motoristas precisam dirigir por mais de 5km até o retorno mais próximo. O Legislativo tenta articular um acordo para finalizar as obras do acesso que foi fechado. As intervenções vão fazer com que a manobra fique mais segura para motoristas que trafegam na área com distância menor.
O vereador Ismael Soares (PSD) foi quem requereu a sessão e lamentou ausência de alguém do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). “Não mostraram interesse em participar”, disse. Em contrapartida a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) foi representada assim como moradores, Executivo e vereadores.
O local da manobra foi interditado pela Via 040 porque “a concessionária não concorda que o retorno irregular permaneça aberto e por questões de segurança”, argumentou, da empresa, Gislaine Barros. A concessionária entende que a responsabilidade é do DNIT por se tratar de uma rodovia federal.
A prefeitura, de acordo com o secretário de Obras, Antônio Garcia Maciel, tem interesse em resolver a questão. “Mas não pode fazer a intervenção porque a área é federal. O município não tem recurso, mas pode compor de alguma forma desde que tenha um convênio assinado entre as partes”. Ainda segundo Antônio, a intervenção é cara para os recursos municipais.
Outro ente envolvido é o transporte público que ficaria inviável de operar com mais 10km para ida e volta até o novo retorno. O gerente da Turi, Danilo Walker, revelou que “os kms a mais vão inviabilizar a operação do transporte público. Se a gente tiver que operar pelo retorno vai ficar inviável, porque aumentaria e muito o custo”, avalia.
Foi aventada a possibilidade de um convênio entre as partes, mas o problema é saber de onde vai sair os cerca de R$ 3 milhões estimados. Por parte do Legislativo, Junior Sousa (PSD) pediu que “a gente saia daqui com uma nova reunião marcada. Tem muitos técnicos e pouca efetividade. Heloísa Frois (Cidadania) sugeriu que a ANTT envie “uma minuta de convênio” para avaliação do município.
E o vereador Caio Valace (Podemos) questionou se “o retorno já estava previsto quando aconteceu a duplicação” O parlamentar ponderou que “o problema se arrasta a muitos anos porque a comunidade está instalada a muitos anos, desde quando sou menino”.
Com Câmara Municipal de Sete Lagoas