Estimativas apontam que a cada ano sejam diagnosticados mais de 65 mil casos de câncer de mama no Brasil, uma incidência de aproximadamente 62 casos a cada 100 mil mulheres. Os números justificam a importância de se falar sobre a doença porque o câncer de mama mata cerca 12 mulheres a cada 100 mil.
Arlene Vieira, 63 anos, foi uma das que venceu o câncer que descobriu por meio do autoexame. “Pensei em parar com o tratamento, mas a família foi decisiva para a continuidade. Não é fácil, mas, graças a Deus, foi descoberto no início e estou curada”. O relato foi apresentado durante Reunião Especial que tratou da doença, nessa segunda-feira (24), na Câmara.
Por mais um ano Carol Canabrava (Avante) foi a propositora do evento. “Estamos aqui com responsabilidade e também com alegria para fortalecer esse trabalho que é desenvolvido acerca da doença. Nos estágios iniciais a doença é assintomática e o toque pode salvar vidas”, reforçou a participação de Dona Arlene.
As atenções primária e secundária falaram sobre a oferta de tratamento na cidade. Representante do Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), Fernanda Duarte observou que a unidade dispões de 1.300 mamografias por mês. “Mas as mulheres não chegam para a gente. No Outubro Rosa a demanda é alta, mas precisamos divulgar mais para mais histórias de sucesso”, pediu.
Para que cada vez mais casos possam ser diagnosticados no início o secretário municipal de Saúde, Marcelo Fernandes, garantiu que as unidades básicas do município estão de portas abertas para as mulheres. A rede do município conta com 53 equipes em 60 unidades de saúde.
Higino Lopes é o responsável pela atenção primária em Sete Lagoas e apresentou um dado importante com relação a não realização de exames. “O município registra uma abstenção aproximada de 30%. As cotas para os exames estão disponíveis e as mulheres precisam fazer. Vão na unidade mais próxima e solicitem o exame”, falou sobre a mamografia de rastreamento.
Raro, o câncer de mama foi lembrado por Henrique Burd que está curado a sete anos. “Se cuidar vale muito mais do que deixar para lá e achar que não é nada”. A Associação de Amparo a Pacientes com Câncer (Asapac) apresentou o trabalho de apoio a pacientes e a advogada lembrou dos direitos para as mulheres que fazem tratamento.
Com Câmara Municipal de Sete Lagoas