Na Chapada Diamantina, em Macajuba, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram a Fazenda Recreio no domingo, que tem uma área de 1,4 mil hectares. Como resultado, produtores rurais da região se juntaram para pedir a retirada do grupo. Diante da iminente reintegração de posse, o movimento publicou uma nota afirmando que os fazendeiros estavam ameaçando “invadir” a área.
No mesmo comunicado, o MST acusou os fazendeiros de serem “invasores” e relatou a presença de “muitos policiais” na frente do local.
A Polícia Militar da Bahia foi acionada para mediar a saída do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A fazenda Recreio foi invadida pelos militantes do movimento no domingo (12). A invasão levou os produtores rurais locais a exigirem a retirada do grupo, o que fez com que a polícia fosse chamada.
A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) monitorou o caso e elogiou a ação dos agentes, destacando a atuação pacífica da polícia. Em nota, a entidade reiterou que repudia veementemente as invasões e defende o direito de propriedade privada garantido pela Constituição Federal de 1988. A Faeb também solicitou uma reunião de urgência com o governador baiano, Jerônimo Rodrigues (PT), mas ainda não obteve resposta.
Além da fazenda Recreio, o MST invadiu outras três fazendas da Suzano Papel e Celulose no estado. No entanto, a Justiça determinou a saída dos invasores de todas as propriedades da empresa, e o ato teve fim. A nota emitida pelo MST após a reintegração de posse iminente na fazenda Recreio chamou os fazendeiros locais de “invasores”. O texto também relatou a presença de “muitos policiais” em frente ao local.
Diante da situação, é importante lembrar que o direito de propriedade é garantido pela Constituição Federal, e a invasão de propriedades rurais é uma prática ilegal que pode trazer consequências graves para os invasores. A solução de conflitos agrários deve ser feita de forma pacífica e respeitando a lei.
MST e o governo Lula
De volta ao poder, o ex-presidente Lula criou o Ministério do Desenvolvimento Agrário e indicou Paulo Teixeira para liderá-lo. O novo ministro possui proximidade com o MST, movimento que historicamente apoia o Partido dos Trabalhadores.
Além disso, Teixeira anunciou que a Companhia Nacional de Abastecimento terá como presidente Edegar Pretto. O filho de Adão Pretto, fundador do MST, e irmão do deputado estadual Adão Pretto Filho, que foi eleito com o apoio do movimento. A nomeação de Edegar Pretto para o cargo reforça a ligação entre o MST e o governo Lula.
da redação