Na quarta-feira (15), a Genial/Quaest divulgou um estudo que revela que a grande maioria dos profissionais do mercado financeiro brasileiro não confia na liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dos 82 entrevistados, incluindo gestores, economistas, traders e analistas de investimentos, 94% têm pouco ou nenhum grau de confiança na gestão do presidente.
De acordo com a pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, 98% dos participantes acreditam que a política econômica adotada pelo governo Lula segue em direção oposta ao que deveria ser feito. Além disso, 78% deles preveem uma piora na economia brasileira nos próximos 12 meses, o que pode resultar em consequências negativas, como inflação descontrolada, aumento do desemprego e diminuição nos investimentos.
Por outro lado, ao serem questionados sobre a confiança no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, 68% dos entrevistados afirmaram ter muita confiança, 30% responderam que estão mais ou menos confiantes e apenas 2% disseram não confiar nele.
De acordo com uma pesquisa da Genial/Quaest, 73% dos entrevistados no mercado financeiro temem que o Brasil enfrente uma recessão em 2023. Além disso, 42% esperam que os investimentos externos no país diminuam nos próximos anos, e 90% não acreditam que a política fiscal atual seja capaz de sustentar a dívida pública.
Desde o início do terceiro mandato de Lula, em 1º de janeiro de 2023, o debate sobre o novo arcabouço fiscal tem sido preocupante para os investidores, especialmente depois que o Congresso aprovou um espaço de R$ 145 bilhões para programas sociais. Dos entrevistados, 61% esperam que a nova regra fiscal seja aprovada nos próximos seis meses.
A reforma tributária é vista como prioridade tanto para o governo quanto para o mercado, mas as opiniões estão divididas em relação ao tempo necessário para a aprovação. Enquanto 41% veem a chance de aprovação nos próximos seis meses como “regular”, 32% veem como alta e 26% como baixa. No entanto, a criação de um imposto único é uma decisão acertada para 98% dos entrevistados.
A maioria (86%) acredita que o governo pode usar o Banco do Brasil ou a Caixa para reduzir o custo do crédito, e 74% veem como provável uma alteração na Lei das Estatais. Na Petrobras, 91% acreditam que o governo mudará a política de dividendos nos próximos seis meses, enquanto 81% apostam em mudanças na política de paridade de importações (PPI).
da redação com informações do Estadão