O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu um parecer sugerindo a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos, em uma ação movida pelo PDT na qual ele é acusado de abuso de poder político ao atacar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores no ano passado. O parecer é a última fase antes do relatório e do voto dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a expectativa é de que a maioria dos ministros siga o entendimento do MPE. Caso isso ocorra, Bolsonaro ficará inelegível pelos próximos oito anos. Além dessa ação, existem outras 15 em andamento para investigar as condutas do ex-presidente durante a campanha eleitoral de 2022.
Nesta quarta-feira (12), o Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu um parecer sugerindo a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por oito anos. O MPE se manifestou em uma ação movida pelo PDT, na qual Bolsonaro é acusado de abuso de poder político ao fazer ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado. Essa ação é a mais avançada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e deve ser julgada nas próximas semanas, entre o final de abril e o início de maio.
Atualmente, a expectativa entre a Corte Eleitoral é de que a maioria dos ministros siga esse entendimento, o que resultaria na inelegibilidade de Bolsonaro pelos próximos oito anos.
O parecer do MPE foi assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, e é a última fase antes do relatório e do voto do ministro Benedito Gonçalves e dos demais ministros.
A posição do MPE já era esperada, uma vez que o próprio vice-procurador havia solicitado uma multa a Bolsonaro por propaganda antecipada durante a reunião com os embaixadores, que foi transmitida pela TV e pela internet nos canais oficiais e incluiu ataques às urnas.
Durante a reunião, realizada em 18 de julho de 2022, Bolsonaro divulgou informações falsas sobre as urnas e insinuou que ministros do TSE conspiravam em favor de Lula. Em agosto do mesmo ano, o TSE determinou que a TV Brasil e as redes sociais retirassem os vídeos da reunião do ar. No mês seguinte, na ação movida por Gonet, Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 20 mil por propaganda eleitoral antecipada.
Além dessa ação, há outras 15 ações em andamento contra Bolsonaro para investigar suas condutas durante a campanha eleitoral de 2022.
Da redação
Fonte: O Tempo