Nesta quarta-feira (19/4), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), General Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo. A solicitação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorre após a divulgação de imagens que mostram ele sendo omisso com golpistas que invadiram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
Lula aceitou o pedido do general e ainda vai oficializar a publicação no Diário Oficial da União de acordo com informações do Palácio. Em nota, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) afirmou que as imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem, desde então, investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.
O governo afirma que está tomando todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio. Além de ressaltar que a orientação permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.
Gonçalves Dias assumiu o GSI com a transição na presidência, ficando à frente do posto antes ocupado pelo General Augusto Heleno, figura aliada de Jair Bolsonaro. Dias já havia trabalhado na segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua primeira passagem pela presidência.
A relação de Lula com o general exonerado e as imagens divulgadas nesta quarta aqueceram o discurso da oposição sobre suposta negligência do governo federal durante os ataques de vândalos em Brasília. Parlamentares bolsonaristas fazem coro pela abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos antidemocráticos do 8 de janeiro.
A reportagem procurou o GSI e não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Nikolas pede prisão de ministro
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou nesta quarta-feira (19/4), que enviou uma notícia-crime à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a prisão do General Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O militar aparece em imagens de câmeras de segurança que sugerem conivência com vândalos que invadiram o Palácio do Planalto em 8 de janeiro.
Da Redação com EM