O requerimento para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos deve ser lido durante sessão do Congresso nesta terça-feira. A CPMI contará com a participação de 15 deputados, 15 senadores e igual número de suplentes, que terão 180 dias para concluírem as investigações. A instauração ganhou força novamente após a divulgação de gravações do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Marco Edson Gonçalves Dias no Palácio do Planalto em 8 de janeiro. A comissão tem como objetivo investigar todos os envolvidos nos atos antidemocráticos ocorridos no país.
Amanhã, durante a sessão do Congresso, será lido o requerimento para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos. De acordo com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), a configuração dos blocos e lideranças partidárias na Câmara e no Senado favorecerá a base governista a ter maioria no colegiado.
A CPMI será composta por 15 deputados, 15 senadores e igual número de suplentes, que terão 180 dias para concluir as investigações. A primeira sessão para a leitura do requerimento estava marcada para o dia 18 de abril, mas foi adiada a pedido dos governistas e sob protestos dos oposicionistas.
A instauração da CPMI ganhou força novamente após a divulgação das gravações do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro. Em imagens do circuito interno, o general aparece orientando os extremistas que invadiram e depredaram o prédio.
O senador Magno Malta (PL-CE) responsabiliza o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pela escalada da violência dos bolsonaristas que destruíram as sedes dos Três Poderes. Ele acusa os atuais e ex-ministros do GSI, Ricardo Cappelli e G.Dias, de tentarem fugir da responsabilidade.
A deputada federal Fernanda Melchionna (PSol-RS) destaca que a comissão deve investigar os financiadores e estimuladores dos atos criminosos. Já o senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirma que não vê motivos para que o ex-presidente seja ouvido pelo colegiado e que a comissão precisa ser conduzida de forma séria, sem clima de oba-oba, circo ou bate-boca.
Da redação