Nesta quinta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizou o lançamento oficial de uma abrangente agenda de reformas financeiras no Rio de Janeiro. O objetivo dessa iniciativa é promover melhorias nas regulamentações e aumentar a eficiência nos mercados financeiro, de capitais, de seguros, de resseguros, de capitalização e de previdência complementar aberta.
O documento, que será apresentado no evento, destaca a relevância de fortalecer a estrutura regulatória e incentivar o desenvolvimento dos setores mencionados. Para garantir um processo participativo e amplo, o governo convidou 40 associações para colaborarem nos debates, essenciais para a formulação dessa agenda.
As 17 propostas, distribuídas em quatro eixos, receberão análise prioritária durante os debates. Confira os principais temas abordados:
1. Temas Tributários
- Desenvolvimento de Produtos Financeiros;
- Hedge no exterior;
- Realização de um Cadastro de Investidor Estrangeiro.
2. Seguros e Previdência
- Investimentos das Entidades de Previdência Complementar;
- Desenvolvimento do Mercado de anuidades;
- Seguro Garantia em Licitações;
- Seguro Rural;
- Regulamentação do PL 2.250/2023, que amplia garantias de operações de crédito.
3. Mercado de Capitais
- CNPJ Específico por Patrimônio de Afetação;
- Redução de Entraves para Emissão de Dívidas Privadas;
- Instrumentos Financeiros ASG (ambientais, sociais e de governança na aplicação de investimentos).
4. Mercado de Crédito
- LIG (letras imobiliárias garantidas) no Exterior;
- Identidade Digital e Combate a Fraudes;
- Recuperação de Crédito;
- Consignado Privado;
- Modernização de Instrumentos de Crédito;
- Negócio Fiduciário.
Após o lançamento, o governo planeja dar início a um ciclo de debates, com participação de órgãos e entidades governamentais, como o Ministério da Fazenda, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados, Secretaria de Regime Próprio e Complementar, além de entidades do setor privado que foram convidadas para contribuir com suas perspectivas.
Para garantir um processo organizado, cada tema será coordenado por um representante governamental e um relator do setor privado. O cronograma prevê o início das reuniões a partir de 7 de agosto e sua duração até maio de 2024, culminando com a apresentação de um relatório final contendo as propostas mais relevantes debatidas durante esse período.
Da redação com Itatiaia