Através de uma portaria oficializada e publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (24), o governo deu luz verde para o Plano de Outorga da BR-040, trecho que se estende entre Belo Horizonte e Cristalina, em Goiás, sendo popularmente conhecido como Rota dos Cristais. Essa extensão impressionante, totalizando 594 quilômetros, agora se encontra em vias de ser submetida ao escrutínio do Tribunal de Contas da União (TCU) para aprovação final.
A responsabilidade pela assinatura da portaria recai sobre o ministro dos Transportes, Renan Filho, filiado ao MDB. Um marco preliminar foi alcançado na semana anterior, quando a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) também concedeu sua aprovação à minuta do plano. Entretanto, a consolidação da concessão depende agora da deliberação do TCU, cujo sinal verde abriria caminho para a formulação do edital.
A novidade foi anunciada pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, do partido PSD, através de sua conta no Twitter. Ele expressou sua satisfação com o avanço significativo da concessão, mencionando ter sido informado pessoalmente pelo Ministro Renan Filho. Pacheco afirmou que esse passo é fundamental para garantir a qualidade e a segurança das rodovias que percorrem o estado, fortalecendo assim a infraestrutura viária da região.
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A Rota dos Cristais representa apenas um capítulo de um conjunto de empreendimentos viários que passarão pelo processo de relicitação em Minas Gerais. Com uma extensão de 451 quilômetros, o trecho da BR-040 que conecta Belo Horizonte ao Rio de Janeiro encontra-se em fase de preparação do edital, com um investimento previsto de R$ 9,2 bilhões.
A lista de projetos contempla também duas obras na BR-262: uma entre João Monlevade e o Espírito Santo, e outra entre Uberaba e Betim. A segunda rota, apelidada de Rota do Zebu, abrange uma extensão de 438,9 quilômetros. Embora sob a administração da Triunfo Concebra desde dezembro de 2013, a empresa manifestou interesse em restituir a concessão desde abril de 2020, o que torna imperativa a relicitação. O montante necessário para essas melhorias é estimado em cerca de R$ 4,1 bilhões.
No caso do trajeto entre João Monlevade e o Espírito Santo, a extensão é ainda maior, totalizando 686,1 quilômetros. A concessão planeja a duplicação de 402 quilômetros, a criação de 228 quilômetros de faixas adicionais e 131 quilômetros de vias marginais. Além disso, centenas de melhorias em acessos, correções de traçado, estabilização de taludes e instalações de paradas de ônibus fazem parte do projeto, que também contempla a construção de três túneis e 40 passarelas.
Da redação
*Com O Tempo