O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Civil e a Polícia Militar uniram forças na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para investigar ameaças contra deputadas estaduais, incluindo ameaças de morte e “estupro corretivo” por meio de redes sociais e e-mails institucionais. A força-tarefa foi estabelecida em 15 de setembro, mas os detalhes das investigações ainda não foram revelados.
Pelo menos duas parlamentares, Lohanna França (PV) e Bella Gonçalves (Psol), foram alvo de ameaças de morte e “estupro corretivo” por meio de redes sociais e e-mails institucionais nas últimas semanas.
No ano passado, Andreia de Jesus (PT) e Beatriz Cerqueira (PT) também receberam mensagens com conteúdo semelhante. A criação da força-tarefa foi oficializada por meio de publicação no Diário Oficial do MPMG em 15 de setembro e já está em funcionamento, embora os detalhes específicos das investigações ainda não tenham sido divulgados pelas instituições.
A investigação está sob a responsabilidade de promotores do MPMG, delegados da Polícia Civil, um coronel da Polícia Militar e um representante da Assembleia Legislativa, que também aumentou a segurança interna. Além disso, a Polícia Civil já havia iniciado uma investigação separada para apurar as circunstâncias das ameaças, que ainda está em curso.
O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais emitiu uma nota em solidariedade às deputadas e vereadoras Iza Lourença (Psol) e Cida Falabella (Psol), que também foram alvo de ameaças recentes. O comunicado destaca que essas parlamentares trabalham em questões ligadas aos direitos humanos e aponta a semelhança no comportamento dos ameaçadores. O conselho pediu às autoridades competentes que tomem medidas apropriadas para determinar se essas ações são individuais ou resultado de grupos antidemocráticos coordenados.
Parlamentares de diferentes regiões de Minas Gerais e do Brasil têm enfrentado ameaças. A vereadora Cláudia Guerra (PDT) de Uberlândia denunciou ter recebido um e-mail com ameaças de “estupro corretivo”, e a vereadora Amanda Gondim (PDT) também relatou ameaças recentes. Na mesma semana, a vereadora Bi Caminha (PT) de Belém recebeu mensagens com ameaças semelhantes. Em agosto, as deputadas federais Daiana Santos (PCdoB-RS) e Rosa Amorim (PT-PE) também foram alvo de ameaças desse tipo.
Da Redação, com G1