A Polícia Federal está executando quatro mandados de busca e apreensão em endereços vinculados a um suspeito de invadir o perfil da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, na antiga plataforma de mídia social, X. Essas ações estão ocorrendo em Minas Gerais por ordem do Supremo Tribunal Federal.
Os endereços alvos das operações policiais foram identificados como a origem do IP, o endereço virtual dos computadores utilizados no ataque cibernético. Janja já recuperou o controle de seu perfil e as publicações foram removidas. Os mandados estão sendo cumpridos pela Polícia Federal conforme a emissão do Supremo Tribunal Federal.
Em um comunicado divulgado durante a manhã, Janja mencionou que sua conta no antigo X foi utilizada por “minutos intermináveis” para disseminar ataques contra mulheres, algo ao qual ela infelizmente se acostumou, mas que é um reflexo dos contínuos ataques que mulheres enfrentam diariamente.
A Polícia Federal foi alertada pouco depois da invasão e imediatamente iniciou uma investigação sobre o incidente. “Na noite passada, os ataques de ódio e desrespeito, que infelizmente são uma parte da minha rotina diária, atingiram um novo nível. Minha conta no X foi invadida e, por alguns momentos, mensagens misóginas e violentas foram publicadas contra mim. Postagens machistas e criminosas, típicas de quem menospreza mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei”, declarou Janja.
“Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo. Mas a realidade é que a internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente”, completou a primeira dama.
Como já havia sido indicado pelo Correio, desde cedo nesta terça-feira, investigadores da PF suspeitavam da identidade de um possível envolvido no ataque. As investigações começaram imediatamente após o caso ser relatado à corporação. A empresa responsável pela plataforma X foi notificada e bloqueou a conta para novas publicações, restaurando o acesso a Janja em seguida.
Da Redação com Correio Braziliense