O xadrez político de Sete Lagoas em período eleitoral com suas peças em movimento: em entrevista ao site Plantão Regional 24 Horas, o prefeito Duílio de Castro (Patriota) disse que é sim pré-candidato a reeleição para o executivo municipal.
Na entrevista, o político apontou que como integrante de um grupo político “com gente renomada, competente”, seria um pré-candidato,por estar com o nome em maior evidência: “Nós temos um grupo com muitos nomes capazes de pleitear uma pré-candidatura nas eleições deste ano. Temos nos nossos quadros muita gente capacitada para dar continuidade ao trabalho que estamos realizando”, afirma.
Mas, segundo o atual chefe do executivo municipal, a decisão de quem será o nome deste grupo político sairá em agosto.
Polêmica acerca sobre “terceiro mandato”
Na entrevista, Duílio de Castro aponta que ele não estará concorrendo para um terceiro mandato à frente da Prefeitura de Sete Lagoas, que isso seria um “boato da oposição”, de que ele teria consultado a Justiça Eleitoral se haveria algum impedimento jurídico.
“É uma opção que eu tenho, de consultar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se posso ou não ser candidato. Mas isso não aconteceu. Porém, ressalto que é um entendimento dos nossos advogados que eu candidatei apenas uma vez para prefeito, por mais que eu tenha assumido temporariamente como prefeito na renúncia do então chefe do Executivo, Leone Maciel. Eu posso disputar uma nova eleição, até porque a lei permite isso. O vice não pode ser punido por assumir uma obrigação constitucional, que é a de assumir a Prefeitura na vacância do cargo, seja porque o prefeito está viajando ou renunciou ao cargo, como foi o caso de Sete Lagoas. Há decisões favoráveis em várias partes do Brasil”, aponta.
Duílio de Castro era vice-prefeito na chapa encabeçada por Leone Maciel para o mandato 2016-2020, porém, em 2018 o TSE retirou-os do cargo por condenação de abuso de poder econômico, marcando novas eleições – no mesmo ano, Leone Maciel renunciou ao cargo. Em 2019, às vésperas do pleito suplementar, Duílio conseguiu provimento da corte que lhe assegurou o mandato, mas, agora como prefeito. Em 2020, ele venceu a eleição para prefeito de Sete Lagoas.
Continuidade para estabilidade política
Questionado pelo site Plantão Regional 24 Horas sobre o porquê de sair como candidato, permanecendo por dez anos como prefeito, Duílio disse que em 14 anos a cidade teve sete prefeitos e que isso custou muito caro para Sete Lagoas: “Vários salários atrasados, 13º salário sem pagar também, mais de oito mil funcionários aguardando acertos, devendo empresa de lixo, BNDES, e a cidade tomada por matos e buracos. A continuidade do trabalho é importante para a cidade. Não adianta organizar a Prefeitura, deixar o município bem financeiramente, com tantas obras em andamento, e depois deixar para que outro grupo assuma. Isso é ruim para a população”, afirma.
O atual chefe do executivo também disse que a continuidade pode ser também com outro candidato do grupo político no qual pertence, pois há diversas opções qualificadas.
Concorrentes e favoritismo
Sobre possíveis concorrentes ao pleito, Duílio disse em entrevista que é “normal” ter vários candidatos, pelo porte de Sete Lagoas. Mas, ele comenta que confia na solidez do grupo político e que pede “maturidade” dos postulantes para o cargo. “Quando se tem maturidade para conversar, podemos colocar a cidade em primeiro lugar, sejam quais forem os candidatos. Não é só lançar um nome, é preciso apresentar propostas, conhecer Sete Lagoas, mostrar sua capacidade de administrar e conhecer os problemas do município”, afirma.
Se seu nome é favorito para ganhar novamente a disputa eleitoral, o atual prefeito afirma que fica feliz em saber que seu nome é bem cotado: “Quem pode falar isso é a sociedade. Ficamos felizes em saber que – após assumir um município desacreditado, com pagamentos atrasados, sem credibilidade até para comprar e tomado por mato e buracos – contamos com o apoio da população. Isso mostra que nosso projeto político está agradando”, completa.
Duílio novamente deputado?
Na entrevista, Duílio de Castro disse que só discutirá uma possível eleição para deputado (seja estadual ou federal) após o pleito municipal – ele reconhece que a perda de representatividade da cidade no Congresso Nacional enfraquece toda a região.
Por fim, o chefe do executivo espera que seu grupo político eleja a maioria dos vereadores – a partir deste ano, serão 19 cadeiras na Câmara Municipal. “Os poderes são independentes, o Executivo e o Legislativo, mas essa harmonia que conquistamos, cada um respeitando as atribuições de cada um dos poderes, faz com que a administração flua e traga resultados com mais rapidez. Quando há muitos atritos e falta de respeito, a população perde. Temos que colocar a cidade acima dos interesses pessoais.”, completa.
Da redação