A Polícia Federal intimou Jair Bolsonaro a depor na próxima quinta-feira (22) a respeito da tentativa de golpe de Estado. Na semana retrasada, o ex-presidente e militares integrantes do antigo governo foram alvos de uma operação da PF, por suspeita de tramarem um golpe para mantê-lo na Presidência.
De acordo com a jornalista Carla Araújo, do UOL, a defesa de Bolsonaro deve pedir para que o depoimento seja adiado. Os advogados do ex-presidente trabalham em uma petição para que ele não preste depoimento nesta semana. Segundo aliados, a defesa ainda não teve acesso a todo o material do processo e pretende expor na petição as razões para que o ex-presidente não seja ouvido neste momento.
No Twitter, o advogado e assessor de Bolsonaro, Fábio Wanjgarten, afirmou que os advogados estão tomando “as devidas providências a fim de assegurar ao Presidente toda a ampla defesa prevista constitucionalmente”.
Passaporte apreendido e dinheiro para os EUA
Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão no último dia 8 e teve que entregar o seu passaporte à PF. O mandado foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes determinou apreensão de documento de Bolsonaro e outros alvos da ação por risco de fuga. “Frustrada a consumação do golpe de Estado […], identificou-se que diversos investigados passaram a sair do país, sob as mais variadas justificativas (férias ou descanso), como no caso do ex-presidente”, disse Moraes na decisão.
Na semana passada, Bolsonaro confirmou que enviou dinheiro para os Estados Unidos no fim de seu mandato e disse que “não é crime” efetuar esse tipo de transferência: “Dizia a nossa querida Polícia Federal que o último país do mundo onde um golpista, ditador enviaria dinheiro seria os Estados Unidos, porque é um país democrata, que respeita tratados. E esses recursos seriam imediatamente bloqueados”, alega.
Da redação com UOL