Após o anúncio do afastamento do Partido dos Trabalhadores da base de apoio do Governo Municipal de Sete Lagoas, Luciano Lyra, ex-presidente da Sete Lagoas Lazer e Turismo (Seltur) e também o ex-gerente do Procon Municipal José Marcio Dumont saíram dos cargos que ocupavam na administração municipal, respeitando a decisão do diretório municipal do partido.
O presidente da sigla em Sete Lagoas, Silvio de Sá explica que a saída dos dois membros do PT foi um caminho natural, tendo em vista que o afastamento do PT do Executivo foi reflexo de um descontentamento com as políticas e um desgaste da forma de governo atual. “Por um ano a gente sugeriu que fosse criado um Conselho Político para que as lideranças pudessem discutir diretrizes para cidade e, até o momento não foi criado. Outra bandeira que a gente tem é a questão do orçamento participativo, para que a população possa participar em algum momento da forma de emprego dos recursos; mas isso também não foi feito” explica Silvio.
Segundo Luciano, a sua saída do cargo ocorreu de forma democrática, por meio de votação da executiva do PT, mas teve como principal motivo o desgaste da atual política. “Eu sou uma pessoa partidária. E o mais natural é que eu ficasse do lado do PT neste momento” reforça.
Flávio de Castro, que hoje se encontra na Secretaria de Obras da cidade, afirma que não saiu da administração municipal, mas que apesar de não ter sido uma indicação do PT, pretende apresentar um pedido de licença para que possa continuar na pasta até que seja feita a reforma, que culminará na criação da Secretaria de Planejamento Urbano. “Eu pretendo pedir essa licença do partido para concluir o meu trabalho neste processo de transição junto com a minha equipe”. Após o período, o secretário afirma que vai deixar a Secretaria e voltar as atividades no PT.
Já Claudio Henrique Nassif, coordenador de iluminação da Prefeitura, explica que a concessão do seu cargo por meio da solicitação do prefeito Maroca, mas que por não ter sido indicado diretamente pelo PT, não há indisposição entre os dois lados. “Não tem necessidade de eu deixar nem o partido nem o meu cargo, por isso eu vou permanecer na Prefeitura”, afirma.
Silvio de Sá também falou sobre o anúncio do Prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda do PSB, de que nas próximas eleições municipais da capital, a aliança entre PT e PSDB( partido do prefeito Mário Márcio Campolina) será inviável.
De acordo com o petista, o atual quadro político prevê que haja este afastamento natural entre os partidos inviabilizando futuras alianças. “PT e PSDB tem diferenças ideológicas claras. No plano nacional o nosso principal adversário é o PSDB e em 2014 também será. Não foi isso que culminou, na ruptura entre os partidos na cidade, mas a gente sabe que ajuda sim”, concluiu.
Da redação