Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-braço direito do goleiro Bruno, foi condenado a 15 anos de prisão pelo sequestro, cárcere privado e homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, em 2010, ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver. Também foi condenada Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador. Por sequestro e cárcere privado, ela deve cumprir cinco anos, em regime aberto. A juíza começou a ler a sentença nessa sexta-feira, 23, às 23h50, depois de uma semana de um tumultuado julgamento. A promotoria e a defesa de Fernanda não irão recorrer. Já os advogados de Macarrão ainda não decidiram.
Fernanda chorou durante toda a leitura do resultado. Macarrão, pela primeira vez, ficou algemado e, ao ouvir a sentença ensaiou uma oração e comemorou demonstrando alívio. Antes de ser levado para a prisão, apertou a mão da juíza e disse: “Muito obrigado por tudo”. Ele só chorou quando se aproximou da família.
A pena original dele pelo homicídio foi de 20 anos, mas, por ter confessado parcialmente os crimes, teve a pena reduzida para 12 anos. Pelo cárcere e sequestro, pegou mais três anos. Fernanda não teve atenuante.
Macarrão deve cumprir pelo menos 2/5 da pena por homicídio e, pelos outros, 1/6 em regime fechado. Como já está preso há dois anos e quatro meses, deve ficar na prisão por pelo menos mais dois anos e quatro meses. Fernanda chegou a ficar quatro meses presa, em 2010, mas segue livre.
A defesa encarou a sentença como uma vitória. “Ela vai responder em liberdade”, disse Carla Silene, advogada de Fernanda. “Foi uma estratégia acertada a confissão”, disse Leonardo Diniz. O promotor Henry Wagner Vasconcelos se disse satisfeito com o resultado. “Não tem vitória porque uma pessoa morreu e ainda temos outros réus a serem julgados. Mas, desta vez, confirmamos que houve o crime”.
“Estão começando a fazer Justiça. O próximo é o Bruno. A condenação me deixa aliviada”, disse Sônia Moura, mãe de Eliza. Ainda serão julgados, em 4 de março, Bruno, Dayanne Souza, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. O caseiro Elenílson Vítor e Wemerson Marques, o Coxinha, ainda não têm julgamento marcado. Jorge Rosa, primo de Bruno, era menor na época do crime e já cumpriu sua pena socioeducativa, de dois anos.
Da redação com informações de O Tempo