Em Minas, 81 faculdades e duas universidades ficaram abaixo da média satisfatória instituída pelo Índice Geral de Cursos (IGC), o termômetro da graduação no país. Todas são particulares e representam 25,6% do total de escolas avaliadas, com conceito 1 e 2 – o máximo é 5. O mau desempenho tem suas consequências, entre elas o risco da extinção de vagas. Diante disso, o Ministério da Educação (MEC) ameaça cortar cadeiras nas 83 instituições. Nos próximos dias o MEC irá divulgar quantas cadeiras estão ameaçadas em todo o país.
Equipes do MEC visitarão as instituições para verificar as condições do local, além de estabelecer um prazo para adequações. Caso o problema não seja solucionado a faculdade perde vagas e até o direito de abrir novas turmas.
Em 2011 cerca de 37 instituições mineiras ficaram na berlinda. O estado concentrou 25% do total de 148 que receberam punição em todo o país. Em Minas, 447 vagas foram canceladas, enquanto no Brasil esse número ficou em 3.986.
Os resultados dizem respeito ao ano de 2011, quando foram avaliados 8.665 cursos das áreas de ciências exatas, licenciaturas e áreas afins, bem como os cursos dos eixos tecnológicos de controle e processos industriais, pertencentes a 1.387 instituições de ensino superior. O índice é a média do Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade) e do Conceito Preliminar de Curso (CPC).
De acordo com o Ministério da Educação, algumas punições afetam os estudantes em pontos estratégicos. Cursos com conceito insatisfatório perdem o direito de oferecer bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e financiamento por meio do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), por exemplo. Na semana passada, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o processo com os cursos e instituições mal avaliados será rigoroso. O foco será basicamente aqueles que não evoluíram nos seus indicadores nas últimas avaliações.
Da Redação, com informações de Estado de Minas