O pastor João das Graças Pachola, de 54 anos, que confessou o assassinato de Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13 anos, revelou ter abandonado o corpo da adolescente em um local conhecido como “monte de oração”. A informação foi divulgada pela Polícia Civil em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (12/2). O pastor foi preso na casa da mãe, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na terça-feira (11/2). A possibilidade de estupro continua sendo investigada e será confirmada ou descartada após exames periciais.
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A delegada Ingrid Estevam, da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, explicou que a mãe de Stefany procurou a polícia no domingo (9/2) para relatar o desaparecimento da filha. Durante as investigações, os policiais receberam uma denúncia de que uma “mulher” havia sido vista pulando de um carro na estrada da Lagoa do Tijuco, próximo à casa do pastor, no Bairro Metropolitano, em Ribeirão das Neves. Testemunhas relataram que o motorista, identificado como João das Graças, desceu do veículo, agrediu a adolescente e a colocou à força no carro, seguindo pela BR-040 em direção a Belo Horizonte. A identificação foi possível porque os denunciantes anotaram a placa do veículo.
Segundo a delegada, após tentar levar Stefany para a área da lagoa e perceber que não passaria despercebido, o pastor seguiu para outro local, onde abandonou o corpo da adolescente. O local, conhecido como “monte de oração”, fica em uma região de mata no Bairro San Genaro, na divisa entre Ribeirão das Neves e Esmeraldas. O próprio pastor indicou o local onde deixou o corpo após ser preso e confessar o crime. “Até o momento, tudo indica que ele agiu sozinho. Não há nenhuma linha investigativa que sugira a participação de outra pessoa”, afirmou Ingrid Estevam.
Detalhes do crime
Stefany estava desaparecida desde o domingo, quando saiu de casa no Bairro Metropolitano para visitar uma amiga no Bairro Fazenda Castro. Seu corpo foi encontrado em estado de decomposição na tarde de terça-feira. O pastor confessou que matou a adolescente após ela dar um tapa em seu rosto, mas negou ter cometido abuso sexual. “Ele contou que ficou nervoso, enforcou a menina e levou o corpo para a desova”, disse a delegada. Exames do Instituto Médico-Legal (IML) vão confirmar se houve ou não violência sexual.
Amigos e moradores da região relataram que o pastor já havia sido acusado de assediar meninas do Bairro Metropolitano. Após a prisão de João das Graças, um carro foi incendiado em frente à sua casa, mas a polícia esclareceu que o veículo não foi o utilizado no crime. O carro usado para transportar Stefany foi encontrado estacionado na garagem de um imóvel vizinho ao da mãe do pastor.
O caso chocou a comunidade e levantou questões sobre a conduta do pastor, que usava sua posição religiosa para se aproximar de jovens. A polícia continua investigando o caso e aguarda os resultados dos exames periciais para concluir as investigações.
com informações do Estado de Minas