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Ministério Público de MG pede informações sobre voos de Aécio Neves

Senador tucano Aécio Neves/ Foto: Pedro Ladeira/FolhapressSenador tucano Aécio Neves/ Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) investiga, de forma preliminar, voos realizados pelo senador Aécio Neves (PSDB), após ele deixar o governo do estado, cargo que ocupou entre janeiro de 2003 e março de 2010. O MPMG pediu ao Gabinete Militar de Minas, que controla as viagens aéreas do Executivo estadual, a relação dos voos realizados pelo político, para decidir sobre a possível instauração do inquérito. Segundo a assessoria de Aécio, ele fez uso de aeronaves em agendas oficiais.

O governo de Minas, hoje liderado por Fernando Pimentel (PT), confirmou ao G1 que o senador fez cinco viagens áreas, entre os anos de 2011 e 2012. Neste período, o estado era governado pelo sucessor e ex-vice de Aécio, o senador Antonio Anastasia (PSDB). Segundo a administração petista, todos os deslocamentos foram solicitados pelo governo da época.

De acordo com dados divulgados pelo Executivo estadual, três voos foram realizados em helicópteros do Gabinete Militar, nos meses de março, julho e agosto de 2011, entre o Palácio das Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e o Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, na Região Norte da cidade.

Documento registra voo feito por aeronave do governo de Minas, em abril de 2011 (Foto: Reprodução)Documento registra voo feito por aeronave do governo de Minas, em abril de 2011 (Foto: Reprodução)

Ainda conforme o governo Pimentel, o quarto voo em helicóptero do Executivo de Minas foi feito quase um ano depois, em junho de 2012, e teve como trajeto o Aeroporto Internacional de Confins para o hangar do governo. A última das viagens, segundo a assessoria do governo de Minas, ocorreu em um jato, em outubro de 2012, com objetivo de transportar Aécio entre a capital mineira e Brasília.

Em quatro voos, o senador teria feito o percurso sozinho. Apenas no deslocamento de julho de 2011, ele estaria acompanhado – o governo apontou os nomes de um major da Polícia Militar (PM) e de um jornalista.

Em nota, a assessoria de Aécio Neves informou que o gabinete do político mineiro desconhece o pedido feito pelo MPMG e disse que os deslocamentos foram feitos em cumprimento de agendas oficiais. “Foram exatamente nessas condições que ocorreu o transporte de um senador da República, e não de um de ex-governador, nos seguintes trajetos: residência oficial do Governador (Palácio das Mangabeiras) e a sede administrativa do Governo do Estado (Palácio Tiradentes) e um voo entre Belo Horizonte e Brasília”, explica a nota.

A assessoria de Aécio ainda argumentou que o decreto que regula o uso das aeronaves do estado prevê o transporte de autoridades e agentes públicos em missões especiais e para atendimento ao governador.

Da Redação com G1



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