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Moradores dão lição de solidariedade, mas PM aconselha cautela

Em meio às incertezas sobre o futuro por causa da pandemia de coronavírus, atitudes simples têm demonstrado que a solidariedade do brasileiro segue firme. Gestos de cuidado e apoio com o outro que estão sendo vistos recentemente dão a esperança de dias melhores.

Arnaldo Cambraia publicou um aviso oferecendo ajuda para fazer compras para vizinhos idosos - Foto: Lorena K MartinsArnaldo Cambraia publicou um aviso oferecendo ajuda para fazer compras para vizinhos idosos - Foto: Lorena K Martins

É o caso do engenheiro ambiental Arnaldo Cambraia, de 35 anos, que tomou a iniciativa de afixar um comunicado no quadro de avisos e nos elevadores do prédio onde mora, no bairro Floresta, região Leste de Belo Horizonte, se oferecendo para fazer compras para idosos durante esse período de quarentena.

Cambraia se propõe a ir ao mercado ou farmácia para que as pessoas não precisem sair de casa e se expor aos riscos do novo coronavírus. “Aqui, no meu prédio, tem muitos idosos e pessoas que passam por algum tratamento, como quimioterapia, então são pessoas mais sensíveis, e eu resolvi oferecer ajuda”.

Depois que ele fez o anúncio, outros moradores do prédio, que tem mais de cem apartamentos, também incluíram seus contatos se colocando à disposição para ajudar quem precisa. “Isso é bom, porque demonstra uma empatia das pessoas e uma preocupação com os outros. E a gente está vivendo um momento tão complicado da história que se colocar no lugar do outro e ajudar torna o mundo um pouco melhor”.

Também a cuidadora de idosos Roberta Santos, de 36 anos, que postou em um grupo no Facebook dos moradores do Sagrada Família, também na região Leste da capital, uma mensagem oferecendo ajuda para realizar compras para os idosos. “Eu estava sozinha e refletindo sobre esse momento desesperador e pensei em oferecer ajuda a quem precisa, como se fosse uma ‘neta de aluguel’, mas de forma voluntária”.

Cuidados

Apesar das boa intenção das iniciativas, a Polícia Militar (PM) alerta para que as pessoas não aceitem ajuda de desconhecidos, porque isso pode ser perigoso. “Dentro de prédios e residências, a pessoa só pode aceitar a ajuda de pessoas conhecidas. Então, se tem um recadinho no elevador de alguém oferecendo ajuda, aceite o apoio daqueles que são próximos e caros, pessoas que você conhece e que sabe que, de fato, podem te ajudar”, orientou a capitão Laila Brunella, chefe da sala de imprensa da PM.

E completou: “Um estranho que coloca um recado no seu elevador ou na caixa de Correio, não recorra àquela pessoa que você não conhece. Não é um conhecido, está te oferecendo ajuda, mas você estranhou a situação? Acione o 190”.

Com O Tempo



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