O cadastro de doadoras para o Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Odete Valadares (MOV), referência estadual, e para os postos de coleta dos hospitais Júlia Kubitschek (HJK) e Regional João Penido (HRJP), em Belo Horizonte e Juiz de Fora, assim como a marcação de consultas para mulheres com dificuldades na amamentação, estão agora disponíveis através do Portal MG e do aplicativo MG app, proporcionando maior facilidade e acessibilidade aos serviços essenciais para a saúde dos recém-nascidos que dependem do leite humano captado pelo BLH e pelos postos de coleta.
A parceria entre a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) resultou nessa iniciativa, integrando-se às ações do Governo de Minas para a transformação digital dos serviços públicos, visando simplificar a vida dos cidadãos. Com a facilidade de acesso proporcionada pelos canais digitais, as mães podem agora agendar consultas ou se voluntariar para doar leite com apenas alguns cliques.
Atualmente, devido ao período de férias, o BLH da MOV enfrenta uma baixa nos estoques de leite e solicita com urgência um aumento de pelo menos 150 litros para alcançar a quantidade mensal ideal de 250 litros, evitando prejuízos aos bebês atendidos, especialmente na Neonatologia da unidade.
Com as novas opções de cadastro, as lactantes têm à disposição três alternativas para se tornarem doadoras: o Portal MG, o MG App e o telefone. O cadastro digital pode ser realizado a qualquer dia e horário, oferecendo flexibilidade. O cadastro por telefone requer uma ligação nos horários específicos de segunda a sexta-feira.
O processo de marcação de consulta e o cadastro para doação de leite são simplificados nos meios digitais, com o Portal MG exigindo login da conta GOV.BR. A coordenadora do BLH destaca a oferta de mais canais de acesso, aproveitando a expansão do uso de dispositivos digitais.
No caso do cadastro pelo telefone, é necessário ligar de segunda a sexta-feira para os números (31) 3298-6008 ou (31) 3337-5678, nos horários de 8h às 12h e de 13h às 17h. A coleta é feita na casa da doadora, com segurança e conforto.
A mudança para meios digitais é apoiada pela Subsecretaria de Transformação Digital e Atendimento ao Cidadão (Subdigital) da Seplag-MG, visando otimizar o processo de doação e trazer melhorias tanto para as mães quanto para o Estado. A digitalização traz mais governabilidade sobre os dados, beneficiando a gestão de informações relacionadas à agenda e permitindo estratégias para reduzir o não comparecimento às consultas.
A modernização beneficia também os profissionais do BLH e dos postos de coleta, agilizando processos internos e reduzindo o tempo de resposta às famílias. A expectativa é que mais mães tenham acesso aos serviços com a transformação digital, facilitando o caminho para doação e aumentando a contribuição para o Banco de Leite Humano, essencial para a saúde dos bebês prematuros.
Melhor alimento
O leite materno é o melhor alimento para o recém-nascido, porque traz diversos benefícios tanto do ponto de vista nutricional quanto emocional. Por isso, é fundamental garantir que o consumo desse alimento seja seguro para os prematuros e os nascidos com baixo peso que receberão o leite doado. Daí a importância do questionário com os pré-requisitos preenchido pelas candidatas à doação.
As informações obtidas por meio dele são utilizadas para a avaliação da saúde dessas mulheres e da qualidade do leite, de modo a permitir sua inclusão na lista de doadoras do BLH da Maternidade Odete Valadares, primeiro a implantar um posto de coleta no país.
Um dos principais impactos da adoção do serviço digital é a mudança na forma de envio dos exames, que deixam de ser encaminhados por e-mail e passam a integrar o cadastro on-line das doadoras, com mais segurança para elas e para o BLH.
A principal missão dos bancos de leite e dos postos de coleta é a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno para melhorar os índices de aleitamento no estado e reduzir as doenças que são preveníveis na primeira infância. Ao receber o leite doado, o bebê prematuro aumenta muito a chance de se recuperar e de ter uma vida saudável. Com o leite materno, ele ganha peso mais rapidamente e se protege contra infecções. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados apenas com leite materno nos primeiros seis meses de vida.
Transição
Considerando que, num primeiro momento, nem todas as doadoras e usuárias irão aderir às novas ferramentas, o canal de atendimento por telefone será mantido. “Diante da demanda de simplificação e digitalização de serviços por parte do Governo, as ferramentas visam atender ao público cada vez mais conectado. Para quem não desejarem acessar, ou não tiver acesso aos meios digitais, o BLH e os postos de coleta realizarão o atendimento por meio do telefone, como alternativa para essas pessoas”, explica a coordenadora.
O feedback em relação ao cadastramento digital de doadoras será realizado por meio do próprio sistema e cada usuária receberá um retorno específico sobre o seu caso, realizado pelas equipes do banco de leite e dos postos de coleta. Nesse retorno, serão esclarecidas as razões para a não admissão como doadora naquele momento. Além disso, as candidatas que não forem admitidas, poderão ir ao banco de leite para orientação, caso persista alguma dúvida.
“É fundamental deixar claro às mulheres que se propõem a doar, que não existe leite inadequado para a amamentação e que o leite materno é o melhor alimento para os seus filhos, mesmo quando elas não puderem ser doadoras”, finaliza Isabella Nogueira.
O sistema implementado pela Seplag-MG para a Fhemig é desenvolvido pela Prodemge e financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Da Redação com Por Dentro de Tudo