21 dias de angústia da família de Paulo Henrique Gonçalves Pereira (25 anos) terminaram na última segunda-feira (16), com a prisão de André Felipe Amaral da Cunha (34 anos), na casa de seu irmão, em Funilândia. Para a Polícia Civil, o homem decidiu se entregar porque o cerco contra ele estava se fechando. O autor também teria feito ameaças para a ex-namorada, a filha e uma amiga antes de ser detido.

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça (17) na delegacia localizada na Praça Barão do Rio Branco, no Centro de Sete Lagoas, o delegado Reinaldo Felício Lima apontou que a Polícia Civil estava “a detalhes” de prender André Felipe, até ele se entregar – ele relatou que o autor não estava escondido e que ele já está integrado ao sistema prisional: “Não houve oportunidade de interrogá-lo porque o inquérito policial já foi concluído e encaminhado à Justiça. O Ministério Público já o denunciou”, completa Reinaldo.
O delegado relatou que após o crime, André Felipe teria ameaçado uma amiga da ex-mulher pelo Instagram: “As pessoas em Funilândia estavam com medo dele. Inclusive era CAC, tinha conhecimento de arma e esse fato trouxe comoção para a cidade”, relata. A arma do crime ainda não foi apreendida – segundo Reinaldo Felício, ainda estão sendo feitas buscas para encontrá-la.

A família de Paulo Henrique foi até a delegacia e falou com a imprensa. Segundo a mãe da vítima, Rosemay Gonçalves, o filho era muito querido na cidade e ajudou a mãe da ex-mulher de André Felipe, que há algum tempo perdeu a filha em um crime – o autor, em uma de suas ameaças, chamou Paulo Henrique de “anjinho prestativo”. Esta mulher trabalhou no restaurante no qual a vítima era proprietária, mas em nenhum momento sua filha teve algum relacionamento com Paulo Henrique.
André Felipe Amaral da Cunha responderá por homicídio qualificado por motivo torpe.