No plantão da última sexta (16) pra sábado, do Pronto Atendimento (P.A.), por volta de 3h da madrugada, pai e filho chegaram à unidade de saúde, após o pai ter passado mal e desmaiado em uma casa de dança da cidade. O filho, com evidentes sinais de embriaguez, abordou os funcionários ameaçando que se o pai morresse ele mataria todos que estavam no local.
Ao receberem o pai, a médica Ariane Almeida e o técnico de enfermagem Henrique Nery Lopes, constataram que o homem já chegou em óbito no local, vítima de um enfarto, e no momento em que o técnico de enfermagem deu a notícia, o rapaz deu um soco no olho do funcionário e começou a quebrar portas, janelas e equipamentos do P.A.. De acordo com Henrique Nery, ele voltou posteriormente e, após quebrar a porta de entrada da unidade, se esquivou de funcionários que tentaram barra-lo e foi até a sala da médica que também ganhou um soco no rosto.
A Polícia Militar foi acionada e levou o jovem em flagrante de delito, mas o terror não passou. “A maioria dos plantonistas são mulheres e não temos qualquer tipo de segurança para trabalharmos. Esse não é o primeiro caso de agressão. Há algum tempo bandidos invadiram o local para tentar matar um homem que estava em atendimento. Também o bebedouro foi arrancado por vândalos e jogado no meio da rua, onde ficou por muito tempo. Precisamos de condições dignas para trabalhar”, desabafou a funcionária do P.A., Ana Paula Borges, técnica em enfermagem, no plenário da Câmara durante a reunião de terça-feira (20).
Outro episódio que também gerou insegurança nos funcionários da Saúde aconteceu no sábado, quando moradores da cidade invadiram o SAMU do Pronto Socorro Central e quebraram uma porta de ferro, destruíram parte da estrutura e também ameaçaram funcionários do local.
Conforme relatado na coletiva de ontem dada pelo prefeito, o assunto reforçou a necessidade de se colocar guardas nas unidades de saúde da cidade; fato que a partir de agora será feito. “No PA já tem um reforço da segurança e a gente vai providenciar isso em outras unidades”, afirmou Maroca.
Os vereadores apoiaram a manifestação dos funcionários da unidade de saúde e prometeram tomar providências para solucionar a questão.
por Cíntia Rezende e Roberta Lanza