Agosto, inverno. Setembro, início da primavera. Mesmo que este ano os dias frios não tenham sido muitos, a estação trouxe temperaturas mais amenas e, como normalmente ocorrem durante a estação, os casos de dengue tornaram-se mais escassos. Com menos casos, a doença parece ter saído de pauta. Preocupada com essa situação, a Coordenadoria de Controle á Dengue se reuniu na última sexta-feira para definição de ações para o próximo período chuvoso.
A equipe de Educação e Mobilização do Controle da Dengue está desenvolvendo uma gincana que propõe a eliminação dos criadouros do mosquito nas residências dos alunos das escolas do município. A Coordenadora de Controle da Dengue, Maria José Lanza explica, que “Várias escolas estão participando do evento e isso tem feito com que os pais adotem medidas para evitar que a larva se prolifere e o índice de casos de dengue aumente na cidade”. Maria José afirma ainda que “a adesão é surpreendente, com os alunos cuidando dos quintais, vasos de plantas e outras meios que podem contribuir na proliferação do mosquito da dengue”, comenta.
Nas conversas ou nas notícias dos jornais parece que pouco se fala sobre a dengue. Isso significa que o problema está afastado? Claro que não! De fato há uma concentração de casos de dengue nos meses mais quentes, mas isso não significa que a dengue seja doença de uma única estação. Para Maria José, o mosquito pode representar perigo durante todos os meses do ano. “Os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver até um ano em ambiente seco. Para a larva eclodir é preciso que o ovo entre em contato com a água. Se o local em que ele foi depositado não for lavado, ele ficará ali esperando o momento propício para dar origem a um novo mosquito”, destaca.
No combate à dengue, não tem jeito, as medidas de prevenção têm que ser transformadas em hábito. O Aedes aegypti é um mosquito urbano, que tem hábitos domésticos. Não por acaso, 80% dos criadouros dele estão dentro das residências. As ações para eliminar focos e, consequentemente, prevenir surtos da doença, dependem do empenho de toda a população e devem fazer parte da rotina. Na prática, isso significa dedicar 10 minutos da sua semana para procurar e eliminar possíveis focos de mosquito. Caixas d’água, galões, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado, entre outros.
Apenas 10 minutos por semana pode parecer pouco, mas este intervalo é determinado pelo ciclo de vida do mosquito transmissor da dengue. Como este ciclo leva, do ovo até a fase adulta, cerca de 7 a 10 dias, se a verificação e eliminação dos criadouros forem realizadas uma vez por semana, será possível evitar o nascimento de novos mosquitos. “A equipe do Controle da Dengue está sempre atenta e de Plantão Contra a Dengue. Não podemos nos descuidar”, encerra Maria José.
Da Redação com informações de Ascom Saúde