Os números de mortes provocadas pelo escorpionismo em todo o estado preocupam. Em 2012, o balanço parcial aponta para 22 óbitos e no ano passado foram 32 mortes. Em dois anos, 81 pessoas morreram em Minas por causa da picada de escopião. Para evitar qualquer problema, os locais devem permanecer limpos e sem entulhos.
O mês de outubro é tempo de alerta em Belo Horizonte. Nesse período, o Hospital João XXIII registra, em média, 100 atendimentos de vítimas de picadas, conforme dados da Unidade de Toxicologia. O hospital é referência no atendimento desses casos na capital.
Os escorpiões comem insetos, principalmente baratas, e se multiplicam nos locais onde há alimento. Como as crianças são mais sensíveis às alterações provocadas pelo veneno é muito importante a urgência no antedimento. As pessoas picadas apresentam náuseas, taquicardia, vômitos e suor excessivo.
Os sintomas são provocados pela liberação de adrenalina e outras substâncias no corpo, em decorrência do veneno. O quadro mais grave, geralmente em crianças, pode evoluir para edemas pulmonares que provocam a morte. É importante que o local de atendimento tenha além do soro, um suporte avançado com capacidade para entubação.
Segundo o Biólogo do CCZ Sete Lagoas, Damisson Salvador, o aparecimento de escorpiões não está restrito a uma região. “Aparecem na cidade toda. Eles são predadores da barata e preferencialmente ficam em esgotos, então a prevencao é vedar as saídas de água da casa, pias, tanques, sifão, etc. Não aparecem em uma época específica, ocorrem o ano todo de norte a sul. O veneno não é eficaz pois eles fecham seu exoesqueleto. O melhor é a prevenção”, conta o biólogo.
Nos adultos, em 90% dos casos o sintoma é apenas dor no local picado. Os escorpiões geralmente atacam pés e mãos, pois se escondem nas roupas e sapatos. Outra ação importante em caso de picada é recolher e levar o animal para o hospital, para a identificação da espécie. Isso ajuda no diagnóstico e nas ações de zoonose.
Em Varginha, no Sul de Minas Gerais, os escorpiões estão invadindo o cemitério municipal. De março a julho deste ano, foram recolhidos 3,5 mil aracnídeos no local e outros 500 em casas vizinhas. O Setor de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) está usando uma nova técnica para capturar os bichos e chega a recolher entre 60 e 70 animais por dia. Os animais são recolhidos, colocados em caixas e seguem de carro para o Instituto Butantan, em São Paulo, onde são usados na produção de soro antiescorpiônico.
Da Redação, com informações de Uai