O carnaval está chegando e, por isso, a prevenção deve ser redobrada principalmente nesse período. Para abrir a folia com chave de ouro, nessa quarta-feira, 6, no CAT/JK, de 9 às 12h, a Prefeitura de Sete Lagoas/Secretaria de Saúde em parceria com o SESC/MG e o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região estará de plantão para animar com SAÚDE o carnaval dos sete-lagoanos. Distribuição de preservativos e panfletos com o apoio de Drag Queens; quiz educativo; informações sobre a Dengue com a presença da “Rádio Xô Dengue” e apresentação do Bloco do Pirulito de BH serão algumas das atrações do pré-carnaval com Saúde.
A campanha deste ano pretende chamar a atenção da população para a diferença que faz o uso do preservativo na hora da relação sexual, é o que conta Karla Guimarães, referência técnica em DST/AIDS do Centro Viva Vida (CVV). “O comportamento seguro de prevenção (uso do preservativo) não previne somente a AIDS, mas várias outras doenças sexualmente transmissíveis como, por exemplo, a sífilis e a gonorreia. Vamos dar sequência também a campanha de 1º de Dezembro (Dia Mundial de Luta Contra a AIDS) onde destaca o diagnóstico precoce de AIDS, ou seja, influenciar as pessoas que vivem com HIV e não sabem disso fazerem o teste”, destaca Karla.
Atento a isso, o Ministério da Saúde tem investido na ampliação do acesso à testagem. De 2005, quando o teste rápido foi implementado no país, a 2012 houve aumento de 430% no número de testes ofertados (de 528 mil para 2,8 milhões). Com apenas uma gota de sangue, o resultado do teste sai em 30 minutos e a pessoa recebe aconselhamento antes e depois do exame. O teste é 100% nacional desde 2008, produzido pela Biomanguinhos/Fiocruz e pela Universidade Federal do Espírito Santo. Nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) a entrega do resultado é sigilosa e, caso o resultado final der positivo, a pessoa é encaminhada para tratamento nos serviços de referência.
Em Sete Lagoas, o pedido para realização do exame de HIV pode ser retirado nas Unidades Básicas de Saúde mais próximas de sua residência após pré-aconselhamento realizado por profissional capacitado.
O Boletim Epidemiológico DST/Aids divulgado em dezembro do ano passado (2012) mostra que a epidemia tem crescido nos últimos anos. De 1998 a 2010, o percentual de casos na população heterossexual de 15 a 24 anos caiu 20,1%. Entre os gays da mesma faixa etária, no entanto, houve aumento de 10,1%. No ano passado, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com Aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.
Na população geral de 15 a 24 anos, entre 1980 e 2011, foram diagnosticados 66.698 casos de Aids, sendo 38.045 no sexo masculino (57%) e 28.648 no sexo feminino (43%). O total equivale a 11% do total de casos de Aids notificados no Brasil desde o início da epidemia.
Com informações de Ascom Saúde