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Hoje, a variedade de medicamentos genéricos e a quantidade de empresas farmacêuticas produtoras cresceram mais de 100% em relação ao ano em que começou essa produção, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos). Em 99, apenas oito empresas eram cadastradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fabricação desses remédios. Hoje, essa relação inclui 83 farmácias. “Cresceu dez vezes em um período de dez anos”, afirma Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos.
Já foram registrados 2.600 produtos genérico em farmácias, número que representa 18% do mercado. Para Finotti, os dados atuais indicam resultados positivos na indústria. “O mercado está muito bom. Temos registrados 2.600 produtos, o que significa que você pode tratar praticamente 90% das doenças do dia-a-dia”, destaca.
Doenças respiratórias, como a asma, serão os próximos alvos dos genéricos. Medicamentos para o tratamento da doença com preços mais acessíveis e com a mesma qualidade que os de marca logo estarão no mercado. “Estamos trabalhando com a possibilidade de a Anvisa criar a regulamentação de medicamentos, por exemplo, para asma. As chamadas bombinhas estão sendo criadas, assim como produtos para rinite alérgica, os sprays nasais”, relatou Finotti.
Por lei, o custo do medicamento genérico ao consumidor deve ser 35% menor que o do produto de marca. Dados da Pró-Genéricos mostram que com as variações de preço no mercado farmacêutico nos últimos dez anos, já foram economizados cerca de R$ 10,5 bilhões. “Uma economia substancial, principalmente nos últimos quatro anos”, diz o presidente da associação.
No entanto, tanto os dados da economia quanto a presença dos genéricos nas casas dos consumidores poderiam ser maiores caso a Lei dos Genéricos fosse cumprida pelos profissionais. “Existe uma regulamentação sanitária que diz que o médico é quem deve receitar medicamento. E, na farmácia, quem pode dispensar ou substituir por um genérico é o farmacêutico. Se essa legislação fosse cumprida, certamente o genérico teria muito mais participação”, acredita Finotti, que lembra também o benefício que a compra faz para o bolso do consumidor. “Considerado o apelo que ele tem, de funcionar como produto de referência mas com um preço em média 50% mais barato, não usar o genérico, se disponível, não é nem sensato. É jogar dinheiro fora mesmo”.
Agência Brasil