Segundo o Ministério da Saúde, um relatório que circula nas redes sociais afirma que doenças como febre amarela e malária já haviam desaparecido antes da introdução das vacinas, mas essa informação é falsa. O intuito desse conteúdo é questionar a eficácia das vacinas, desconsiderando as particularidades e os tratamentos distintos dessas doenças.
As vacinas têm sido essenciais na erradicação e no controle de várias doenças ao longo da história, salvando milhões de vidas e evitando a propagação de doenças que, no passado, provocaram grandes epidemias. Exemplos disso incluem a febre amarela e a malária.
Febre Amarela
A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos, que teve um impacto significativo na saúde pública. A vacinação permitiu eliminar o ciclo urbano de transmissão da febre amarela no Brasil. Atualmente, a vacina é crucial nas estratégias de prevenção e controle de surtos da febre amarela silvestre, reduzindo casos e óbitos.
Os últimos casos de febre amarela urbana no Brasil foram registrados em 1942, e desde então, todos os casos confirmados estão relacionados ao ciclo silvestre. Introduzida em 1937, a vacina contra a febre amarela é considerada a medida mais eficaz para prevenir casos graves e mortes, estando na Lista de Medicamentos Essenciais da OMS.
Desde 2014, a OMS recomenda uma dose única da vacina. No Brasil, o esquema vacinal inclui uma dose aos 9 meses de vida e um reforço aos 4 anos. Além disso, o Ministério da Saúde orienta que viajantes recebam a vacina pelo menos 10 dias antes de suas viagens para garantir a imunidade.
Malária
Quanto à malária, embora ainda não haja uma vacina amplamente disponível, importantes avanços estão sendo feitos nesse campo. A malária, causada por parasitas e transmitida por mosquitos, é uma das principais causas de morte em países tropicais. É importante destacar que a malária não é uma doença contagiosa; uma pessoa infectada não pode transmitir a doença diretamente a outra.
Atualmente, não existe vacina contra a malária no Brasil. A única vacina disponível é destinada a alguns países africanos com alta transmissão por Plasmodium falciparum e é exclusiva para crianças pequenas.
No Brasil, a maioria dos casos de malária ocorre na região amazônica, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Embora a malária tenha cura, o tratamento deve ser feito de forma rápida e adequada para evitar formas graves da doença.
As vacinas continuam sendo uma das principais aliadas da saúde pública, protegendo indivíduos e criando barreiras comunitárias contra epidemias, tornando o mundo mais seguro. A história demonstra que a vacinação é uma ferramenta essencial para a erradicação e controle de doenças.
Conheça mais sobre essas duas doenças:
Fonte: Ministério da Saúde