A estudante Bianca Santos, bolsista do programa BIC Jr., utiliza a bioinformática para investigar mutações genéticas ligadas ao câncer e compartilha suas descobertas com colegas e o público.
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Pesquisa e formação científica
Bianca, de 17 anos, cursa o ensino médio na Escola Estadual Maurício Murgel, em Belo Horizonte, e integra a equipe da Fundação Ezequiel Dias (Funed) sob a orientação da pesquisadora Luciana Silva, chefe do Serviço de Biologia Molecular. Sua bolsa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e apoiada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG).
“Trabalho em um ambiente com muitas mulheres que me orientam e incentivam a buscar mais conhecimento”, destaca Bianca. Sua trajetória reforça a importância da iniciação científica para a formação de jovens talentos e a construção de um futuro mais inovador. Desde 2020, mais de 2,2 mil estudantes foram apoiados pelo BIC Jr., sendo 64% meninas.
Impacto da pesquisa
No laboratório, Bianca utiliza bancos de dados públicos para analisar genes com mutações associadas ao desenvolvimento de tumores. Em colaboração com parceiros que fornecem sequenciamentos de DNA, sua equipe valida e identifica mutações ainda desconhecidas.
Entre os projetos em andamento, destaca-se o desenvolvimento de esferoides – modelos tridimensionais de células tumorais – para testar novas drogas. Além disso, a equipe trabalha em terapias antitumorais e na produção de moléculas recombinantes para estudos diagnósticos.
Incentivo à ciência
Além da pesquisa, Bianca se dedica à divulgação científica. No projeto Mundo das Células, compartilha aprendizados nas redes sociais e participa de palestras em escolas ao lado de pesquisadores, tornando o conhecimento mais acessível e incentivando outros jovens a se interessarem pela ciência.
A participação feminina na pesquisa vem crescendo e sendo incentivada. Em 2023, 45% dos projetos financiados pela Fapemig no estado foram coordenados por mulheres, um número que reflete a média nacional de 2024, segundo o relatório Elsevier-Bori. Esse avanço fortalece a diversidade na ciência e inspira novas gerações a seguirem carreiras científicas.
Da Redação com Por Dentro de Tudo