O intestino preso é uma condição que afeta milhões de pessoas e pode causar desconforto abdominal, inchaço e sensação de peso. Quando não tratado corretamente, pode levar a complicações mais graves, como hemorroidas e fissuras anais, podendo até exigir cirurgia em casos mais avançados.
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A constipação intestinal pode ser resultado de diversos fatores, incluindo uma alimentação pobre em fibras, baixa ingestão de líquidos, sedentarismo e até alterações hormonais. O uso frequente de laxantes, sem recomendação médica, também pode prejudicar o funcionamento intestinal, tornando o problema ainda mais recorrente.
Quem sofre mais com o intestino preso?
Alguns grupos são mais propensos a desenvolver a condição. As mulheres, por exemplo, são mais afetadas devido a variações hormonais e hábitos alimentares. Já os idosos podem apresentar um trânsito intestinal mais lento devido ao envelhecimento natural do organismo e ao uso de determinados medicamentos.
O intestino tem papel fundamental na saúde, pois absorve os nutrientes essenciais e elimina resíduos do organismo por meio das fezes. Quando há dificuldade na evacuação, podem surgir sintomas como azia, cólicas, estufamento, gases e sensação de evacuação incompleta, impactando diretamente a qualidade de vida.
Como melhorar o funcionamento do intestino?
Uma alimentação equilibrada e rica em fibras é essencial para regular o intestino. Além disso, a prática de exercícios físicos regulares, o consumo adequado de água e a atenção à qualidade dos alimentos ingeridos fazem toda a diferença.
“Tratar a constipação geralmente envolve mudanças no estilo de vida, mas é fundamental fazer ajustes alimentares”, destaca a nutricionista Thamires Lima, do Oba Hortifruti.
Alimentos que ajudam a evitar a constipação
Para manter o intestino regulado e saudável, é fundamental incluir no cardápio alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais, como:
✅ Folhas verdes: alface, rúcula e agrião;
✅ Sementes: chia e linhaça;
✅ Cereais integrais: farelo de trigo e aveia;
✅ Frutas laxativas: mamão, kiwi e ameixa.
Além disso, beber pelo menos 2 litros de água por dia é essencial para auxiliar na movimentação do bolo fecal e evitar o ressecamento das fezes.
“A microbiota intestinal é composta por milhões de bactérias benéficas que dependem da ingestão de água para se manterem em equilíbrio. Portanto, tenha sempre uma garrafinha de água por perto para evitar quadros de constipação”, reforça Thamires Lima.
Por outro lado, é importante evitar alimentos que prejudicam o trânsito intestinal, como:
❌ Frituras e embutidos (salsicha, presunto, linguiça);
❌ Alimentos ultraprocessados (salgadinhos, fast food);
❌ Excesso de açúcar e gordura saturada;
❌ Álcool e cafeína em excesso, que podem causar desidratação e piorar a constipação.
Relação entre intestino preso e hemorroidas
A constipação intestinal pode levar ao desenvolvimento de hemorroidas, principalmente devido ao esforço excessivo para evacuar. Quando as fezes estão endurecidas, a pressão exercida sobre as veias do reto pode causar dilatação, inflamação e sangramento, provocando dor e desconforto.
“As hemorroidas são veias da região do reto e do ânus que, ao dilatarem, podem causar desconforto, dor, coceira ou sangramento vermelho vivo. Um dos principais fatores de risco para a doença hemorroidária é o intestino preso”, explica a proctologista Renata Colaneri, da Prime Care Medical Complex.
Quando procurar um médico?
Se os sintomas persistirem por mais de três semanas, ou se houver sinais como sangramento nas fezes, dor intensa e perda de peso sem explicação, é fundamental procurar um gastroenterologista ou proctologista para uma avaliação detalhada.
O intestino tem um papel crucial na saúde geral do corpo, inclusive na imunidade e na saúde mental. Por isso, manter uma rotina equilibrada com alimentação saudável, hidratação e atividade física é essencial para garantir seu bom funcionamento.