O governo brasileiro está analisando a incorporação de dois medicamentos para o tratamento da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS): a semaglutida (Wegovy) e a liraglutida (Saxenda ou Victosa). Ambos demonstram eficácia no controle do peso e estão sendo avaliados para diferentes perfis de pacientes.

A semaglutida está sendo considerada para pessoas com obesidade grau II ou III (IMC ≥ 35 kg/m²), com 45 anos ou mais, sem diabetes, e que tenham doenças cardiovasculares estabelecidas, como histórico de infarto ou AVC. Já a liraglutida pode ser incorporada para pacientes com obesidade e diabetes tipo 2, especialmente aqueles que apresentam doenças cardiovasculares associadas.
O processo de inclusão desses medicamentos no SUS está em andamento e passou por uma fase de Chamada Pública, permitindo que pacientes que utilizam ou já utilizaram os tratamentos compartilhassem suas experiências. Esse período de contribuições, aberto até 19 de março de 2025, antecede a Consulta Pública, etapa em que qualquer cidadão pode opinar sobre a adoção dos medicamentos na rede pública.
Atualmente, o SUS oferece tratamentos como diretrizes de reeducação alimentar e cirurgia bariátrica. A possível inclusão da semaglutida e da liraglutida ampliaria as opções terapêuticas para o controle da obesidade, proporcionando maior acesso a tratamentos eficazes. Profissionais da saúde e entidades médicas aguardam a decisão com expectativa, considerando que pelo menos um dos medicamentos seja aprovado – ou, idealmente, ambos, beneficiando diferentes perfis de pacientes.
Diante do crescimento dos índices de obesidade no Brasil, a análise da incorporação dessas medicações no SUS é vista como um passo fundamental para ampliar o acesso a tratamentos modernos e mais abrangentes.
Da Redação com Por Dentro de Tudo