O objetivo do evento foi capacitar os agentes de endemias para combater e intensificar o controle da dengue em Sete Lagoas. A Coordenadora de Controle da Dengue de Sete Lagoas, Maria José Lanza, ressaltou que durante o surto da Gripe H1N1 a dengue não ficou de lado. “Não que na época da Gripe H1N1 não existia a dengue, mas a quantidade é muito menor do que no período chuvoso. De janeiro à Outubro, por exemplo, foram registrados 1.032 casos de dengue na cidade, sendo que a maioria ocorreu antes do mês de Junho”, disse Maria José.
Com a chegada do período chuvoso, a proliferação do mosquito é maior do que em outra época, por isso é necessário intensificar o trabalho dos agentes de endemias. A coordenadora destacou que muitos dos agentes ainda estão em período probatório e que não tiveram um treinamento específico para trabalharem. E, para os que já trabalham na área, o curso serve como uma atualização do conhecimento. “O curso serve para que os que já enfrentam a dengue enfrentem de uma forma melhor, conhecendo biologicamente o mosquito”, acrescentou Maria José.
Para os agentes de endemias, o curso é muito importante para intensificar os trabalhos com um conhecimento mais aprofundado. A agente de endemias do bairro Nova Cidade e Orozimbo Macedo, Maria Letícia Ribeiro da Silva, acredita que com a capacitação vai haver uma maior interação entre os agentes, os chefes de turma e a Superintendência. “O curso é muito importante, muitas coisas que falam é coisa que já fazemos, mas acredito que vai haver maior interação entre os combatentes da dengue”, afirma a agente.
Lívia Cassimiro de Oliveira e Juliana Carvalho Silva trabalham no combate a dengue há cinco anos e informaram que essa é a primeira vez que tem uma capacitação em módulos. “Essa capacitação é muito boa para nós, que já atuamos na área, serve como uma reciclagem. Esquecemos muita coisa, acabamos entrando na rotina e perdemos o que aprendemos”, destacou Lívia que hoje trabalha no Monitoramento Inteligente da Dengue ( MI Dengue).
O combate do mosquito da dengue não depende apenas dos agentes de endemias. A sociedade civil organizada também precisa ajudar a combater o mosquito. A ação mais simples para se prevenir a dengue é evitar o surgimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.
A regra básica é não deixar a água, mesmo quando limpa, parada em qualquer tipo de recipiente. Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, bebedouro de animais, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.
Natália Andrade – ASCOM Saúde