A Prefeitura Municipal de Sete Lagoas/Secretaria de Saúde por meio dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) realizou o I Seminário dos Serviços Substitutivos em Saúde Mental, com o tema “A Saúde Mental, os Transtornos e a Cidade”. O evento foi realizado em dois dias (sexta-23/10 e sábado-24/10) no auditório da Faculdade Ciências da Vida e contou com a presença de 150 profissionais da saúde.
Em Sete Lagoas, existem dois CAPS: o CAPS i (infantil) coordenado pela psicóloga Luciene Regina Guedes que atende uma média de 500 pacientes/mês, com 850 cadastrados, e o CAPS II (adulto) coordenado pela terapeuta ocupacional Valéria Valladares Bahia que atende 560 pacientes por mês. Os CAPS são instituições que visam a substituição dos hospitais psiquiátricos – antigos hospícios, manicômios – e de seus métodos para cuidar de afecções psiquiátricas, favorecendo o exercício da cidadania e da inclusão social dos usuários e de seus familiares. “É um serviço substitutivo ao hospital psiquiátrico. Atendemos casos de transtorno mental severo e persistente”, explica Luciene.
O Primeiro Seminário dos Serviços Substitutivos em Saúde Mental-CAPS de Sete Lagoas, com o tema: Saúde Mental, os Transtornos e a Cidade, teve como objetivo fazer a integração entre os setores da saúde, socializar experiências, propiciar espaço de capacitação e aprimoramento técnico clínico, fomentar a política de saúde mental no município de Sete Lagoas e dar prosseguimento ao Programa de Qualificação dos CAPS do Ministério da Saúde através do dispositivo das Supervisões Clínicos – Institucionais. O evento contou com a presença de autoridades, como o Secretário Municipal de Saúde e Gestor do SUS, José Orleans, os vereadores Milton Saraiva, representando o Presidente da Câmara Duílio de Castro, Renato Gomes, dentre outros.
O Secretário de Saúde destacou a importância do respeito dos profissionais da Saúde Mental com os portadores de doenças mentais. “As pessoas que trabalham na saúde mental tem que ter uma vocação especial para trabalhar com gente. É preciso saber acolher, entender e receber as pessoas. É o desafio da equidade: atender a quem precisa independente de qualquer partido ou ligação familiar. Temos que socializar os pacientes da saúde mental”, disse Orleans. O secretário acrescentou que está negociando dois leitos com o Hospital Nossa Senhora das Graças para pacientes da Saúde Mental. “Sete Lagoas não tem leito para internar pacientes com surto. Estamos negociando com o HNSG para ter dois leitos”, acrescentou o secretário.
A programação do evento foi bem diversificada. Além de palestras, debates, também teve relato de casos clínicos dos dois CAPS que ajudam não só os portadores de síndromes, mas também as famílias dos mesmos, para que saibam agir e reagir mediante as situações que podem ocorrer. Este seminário serviu como contribuição para que esses serviços se tornem cada vez mais promotores de saúde e cidadania das pessoas com sofrimento psíquico.
Natália Andrade- SECOM Saúde – 27/10/09