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Vacina age mais em quem já foi contaminado pela Covid, revela pesquisa

Quem se recuperou da Covid-19 apresenta uma resposta imunológica mais intensa ao se vacinar do que aquelas pessoas que completaram o esquema vacinal, mas nunca foram infectadas anteriormente. Isso é o que indica uma reportagem publicada pela revista científica Nature nesta quinta-feira a partir de resultados de pesquisas que tentam decifrar a imunidade híbrida – ou seja, uma superimunidade provocada pela combinação entre infecção prévia e vacina.

Foto: Reprodução internetFoto: Reprodução internet

O texto cita uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade Rockefeller, em Nova York, que verificou a produção de poderosos anticorpos entre as pessoas que haviam sido infectadas previamente pelo SARS-CoV-2 e depois vacinadas – poderosos, inclusive, para variantes.

“Os estudos mais recentes sugerem que a imunidade híbrida se deve, pelo menos em parte, a agentes imunológicos chamados células B de memória. A maior parte dos anticorpos produzidos após a infecção ou vacinação vem de células de vida curta, chamadas plasmoblastos, e os níveis de anticorpos caem quando essas células morrem inevitavelmente”, explica a reportagem.

Com o desaparecimento dos plasblastos, o corpo passa a contar com as células B no momento em que tem novo contato com o vírus, seja por nova infecção ou vacina. Quando uma pessoa que já teve contato anterior com o vírus recebe uma dose de vacina, as células B produzem anticorpos altamente potentes.

Para o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG Unaí Tupinambás, o artigo da Nature confirma o que muitos pesquisadores já vinham discutindo nos últimos meses, sobre como poderia ser a vacinação de pessoas que já tiveram Covid em um contexto de escassez de imunizantes em nível global. “O que chama a atenção no estudo é que, para aquelas pessoas que já tiveram Covid, talvez já bastasse uma dose. Já existem trabalhos mostrando que pessoas que tiveram Covid e tomaram uma dose de vacina passam por um ‘booster’ (maior estímulo na produção de anticorpos), como se fosse uma dose de reforço”, explica.

Mas isso quer dizer que os mais de 20 milhões de brasileiros que foram diagnosticados com Covid deveriam ficar com uma só dose? Ou se o futuro plano de revacinação do Ministério da Saúde, que prevê aplicação de mais de 350 milhões de doses 2022, poderia ser reavaliado? Ainda não é possível dizer. “A questão logística para isso (vacinar somente aqueles que nunca tiveram Covid) é muito complexa”, avalia Tupinambás.

Embora ainda haja muitas perguntas a serem respondidas, os resultados das mais diferentes pesquisas sobre imunidade já podem auxiliar no planejamento do processo de vacinação nos mais diferentes países. Um estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, citado pela reportagem da Nature, indica que o aumento do intervalo entre as doses pode potencializar a produção de anticorpos. Na província de Quebec, pessoas que não pegaram Covid e receberam a segunda aplicação após 16 semanas (em vez de oito, como era recomendado pelo fabricante) tiveram o mesmo nível de anticorpos de quem havia sido infectado e depois vacinado com uma dose.

Medidas de prevenção permanecem

O artigo da Nature ainda faz questão de frisar que o estudo não diminui a importância da vacinação nem da aplicação das doses de reforço, adotadas por muitos países. “Não estamos convidando ninguém para ser infectado e depois vacinado para ter uma boa resposta. Porque alguns deles não vão sobreviver”, argumentou o pesquisador Andrés Finzi, da Universidade de Montreal, no Canadá.

Vale lembrar que a Covid continua fazendo vítimas em muitos países, mesmo com o avanço da vacinação. Mais de 4,5 milhões de pessoas morreram em decorrência do vírus em menos de dois anos.

Os mais de 2 milhões de mineiros que se recuperaram da Covid em Minas devem manter os cuidados, como distanciamento social e uso de máscara, tenham já se vacinados ou não. Embora os níveis da pandemia estejam melhorando continuamente, a circulação do coronavírus ainda é intensa em todo o país. Até semana passada, a média semanal de mortes por Covid ainda estava acima de 400. Desde março do ano passado, mais de 600 mil vidas foram perdidas.

Da Redação com OTempor



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