A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, nesta quinta-feira (17), a retomada da obrigatoriedade do uso de máscara em serviços de saúde e no transporte, incluindo ônibus, táxis, carros de aplicativos e escolares.
O decreto com a medida será publicado nesta sexta-feira (18), quando a obrigatoriedade passa a valer, a princípio, por 15 dias. Se necessário, o prazo pode ser ampliado.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro, há duas semanas, a taxa de positividade dos testes de Covid-19 na capital era de 3%. Na semana passada, aumentou para 5% e, nesta semana, subiu para 15%.
“Apesar de não termos um crescimento alarmante em casos graves, em casos que necessitem internação, necessitem de UTI e óbitos, nós achamos que, devido a essa progressão muito rápida na positividade dos testes, está na hora de tomarmos umas atitude para tentar conter a transmissão do vírus”, afirmou.
De acordo com ela, a obrigatoriedade de máscara nos serviços de saúde busca evitar o afastamento de profissionais por adoecimento.
“A simples contaminação já seria um indicativo para que a pessoa se afastasse, e temos essa preocupação de uma infecção muito alta, uma contaminação muito alta em servidores de saúde, e isso poderia ser prejudicial para a assistência como um todo”, disse a secretária.
Apesar de não ser obrigatório, o uso de máscara é recomendado para idosos e pessoas com sintomas de Covid-19 e também em locais com aglomeração.
Falta de vacinas
Em Belo Horizonte, começou, nesta quinta-feira, a vacinação de crianças de 6 meses a 2 anos com comorbidades contra a Covid-19. O município recebeu cerca de 5,6 mil doses da Pfizer pediátrica. Com esse quantitativo, é possível imunizar, com as duas doses, 2.840 crianças – a cidade tem 61.740 no total.
A capital tem, ainda, 51 mil crianças de 3 e 4 anos. Para vacinar todas elas com as duas doses, seriam necessárias cerca de 102 mil doses de Coronavac. Até o momento, BH recebeu em torno de 20 mil. A expectativa é que, nesta sexta-feira (18), outras 9 mil sejam entregues à cidade.
A cobertura vacinal nesta faixa etária é de 25% para a primeira dose e de 9% para a segunda.
Além disso, Belo Horizonte ainda não tem previsão de convocar o grupo abaixo de 40 anos para a quarta dose da vacina, porque o Ministério da Saúde não enviou quantitativo suficiente de imunizantes.
“Para aplicar esse segundo reforço, precisamos de 400 mil doses (…) Não adianta liberarmos a vacinação para esse público se o Ministério da Saúde ainda não liberou essas vacinas”, disse a secretária Cláudia Navarro.
Da Redação com G1